Petrobras espera captar mais de US$ 5 bi em 2004

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Por Agencia Estado
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O diretor financeiro da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse hoje que a Petrobras pode superar, em 2004, o volume de captações realizado este ano, que chegou a US$ 5,2 bilhões. ?Mantidas as condições verificadas este ano, como a grande liquidez no mercado internacional, certamente o volume deverá crescer?, disse Gabrielli em encontro com a imprensa na sede da estatal para balanço do ano. Apesar dessa expectativa, a meta pré-estabelecida de captações para 2004 é de US$ 2,5 bilhões. ?O nosso objetivo é alongar ao máximo nosso endividamento a um custo cada vez menor. E a Petrobras tem condições de alcançar esta meta devido a sua atratividade, inclusive no mercado externo?, declarou O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, informou por usa vez que as prioridades da companhia em 2004 serão a definição de sua presença na petroquímica e o desenvolvimento do mercado brasileiro de gás natural. Na petroquímica, disse Dutra, os objetivos são reforçar sua participação na área de resinas, como polietileno e polipropileno, ampliar sua fatia acionária no setor e garantir direito de decisão nos negócios em que participa. ?A área de resinas é a que mais tem a ver com o nosso negócio e é um mercado que tem grande elasticidade em relação ao PIB. Ou seja, deve crescer muito este ano?, avaliou. Dentre as possibilidades para a expansão da presença da estatal estão a Braskem, a Rio Polímeros e a Ipiranga Petroquímica, informou o executivo, que frisou, porém, que ainda não há nada definido. ?Estamos discutindo o assunto na reunião do planejamento estratégico?, reforçou. Essas discussões compreendem também a questão do gás, mercado que deve ser desenvolvido para o escoamento das novas reservas descobertas em Santos e das importações da Bolívia. A empresa plenja investimentos de US$ 8 bilhões para o ano que vem, número que deve ser revisto de acordo com os resultados da revisão no planejamento estratégico, que deve ser concluída no final do primeiro trimestre. As vendas de gasolina e diesel da Petrobrás caíram 5,5% e 5%, respectivamente, em 2003. Segundo o diretor de abastecimento da estatal, as razões para a retração vão desde à crise econômica à concorrência com outras empresas, que passaram a importar os produtos este ano. As vendas da estatal caíram mais do que o mercado destes combustíveis, o que significa que a empresa veio perdendo mercado ao longo do ano. Pelos dados de Manso, o mercado de gasolina termina 2003 3,5% menor do que fechou 2003. O de diesel recuou 1%. Neste último, houve maior concorrência com empresas privadas, o que explica a maior diferença entre a retração no mercado e nas vendas da estatal. A redução no consumo explica, em parte, a melhora nas contas externas da companhia, que vão fechar o ano com um déficit de US$ 470 milhões, contra US$ 1,2 bilhão registrados em 2002. Manso avalia, porém, que os números voltarão a crescer em 2004, caso seja confirmada a retomada da economia, e, em consequência, o aumento do consumo. A concorrência com o gás natural também reduziu as vendas de gasolina e, principalmente, de óleo combustível, que caíram 15% em 2003.

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