Petrobras: investidores têm garantia de respeito à lógica empresarial, diz Magda

Presidente da estatal afirmou que resultados financeiros no segundo trimestre foram ‘sólidos e completamente esperados’; companhia teve prejuízo de R$ 2,6 bi e vai pagar R$ 13,6 bi em dividendos

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RIO - Em recado sobre saúde financeira e distribuição de dividendos pela Petrobras, a presidente da estatal, Magda Chambriard, disse nesta sexta-feira, 9, que a empresa garante o “respeito à lógica empresarial, disciplina de capital e alavancagem controlada”.

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Apesar do prejuízo de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre ligado a efeitos não recorrentes (como o acordo bilionário com o Carf e volatilidade cambial), a companhia anunciou pagamento e dividendos na ordem de R$ 13,6 bilhões para o período.

“Aos nossos investidores, garantimos respeito a lógica empresarial, transparência e governança. Garantimos disciplinas de capital e alavancagem controlada. Faremos isso garantido investimento necessários ao crescimento da empresa e reconhecendo a demanda dos acionistas governamentais e privados pelos dividendos”, disse.

Presidente da Petrobras voltou ainda a defender abertamente a exploração de petróleo na Margem Equatorial Foto: Pedro Kirilos/Estadão

“Entendemos que, dessa forma, estaremos contribuindo para movimentar a economia do País e movimentar os anseios mais profundos dos acionistas”, encerrou, ao prometer empresa ainda mais “sólida e rentável” no futuro.

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Segundo ela, os resultados financeiros da estatal no segundo trimestre foram “sólidos e completamente esperados”. “Eventos não recorrentes, como o acordo com o Carf, trouxeram vantagens expressivas para a empresa e para a União. Além disso, a marcante volatilidade cambial do período, sem efeito no caixa, afetou a contabilidade da companhia, afetando o resultado do trimestre”, disse Magda.

Em breve mensagem gravada, apresentada no início da teleconferência a investidores, a executiva ainda defendeu que indicadores como o fluxo de caixa livre e o lucro operacional seguem saudáveis.

Margem Equatorial

A presidente da Petrobras voltou ainda a defender abertamente a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Ela reiterou que a maior prioridade de sua gestão é “construir um caminho para uma Petrobras longeva” e que isso só será possível se a empresa continuar crescendo.

“Precisamos ser ágeis para manter o histórico de reposição de reservas, enquanto, rumo ao net zero, buscamos mais fontes de energia limpa. Sem reposição de reservas de petróleo e gás, a Petrobras estaria fadada ao insucesso”, disse.

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“Embora ainda existam oportunidades a serem exploradas nas bacias do Sudeste, não podemos renunciar à exploração das bacias da Margem Equatorial brasileira”, continuou.

Segundo ela, é fundamental que a companhia obtenha as licenças necessárias à atividade de procura de petróleo naquela região e, se confirmada o potencial da área, os resultados em termos de emprego e renda para o País serão “absolutamente incontestes”.

Para além da Margem Equatorial, Magda citou também a necessidade de se explorar a Bacia de Pelotas, a qual definiu como “área promissora no Sul do Brasil”. Ela afirmou, ainda, que a estatal está atenta a oportunidades em territórios estrangeiros e lembrou das potencialidades de campos da Petrobras na Colômbia.

“No último fim de semana, descobrimos gás natural na costa da Colômbia em bloco com elevado potencial para novas descobertas”, disse.

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Por fim, a presidente da Petrobras listou empreendimentos em via de inauguração, como a Rota 3, que vai trazer mais volume de gás do pré-sal para o mercado brasileiro, entrada em produção do FPSO Maria Quitéria no campo de Jubarte, além de maiores investimentos para a produção de fertilizantes outras matérias-primas que agregam valor ao gás natural produzido pela empresa.

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