SÃO PAULO - A Petrobrás informou nesta terça-feira, 14, que sua controlada Downstream Participações assinou contrato com a Repsol YPF para a compra de 30% do capital social da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), pelo valor de US$ 850 milhões, sendo US$ 350 milhões referentes à participação acionária e US$ 500 milhões em dívida, já consolidada na Petrobrás.
Com a aquisição, a estatal brasileira de petróleo volta a deter 100% do controle das ações da Refap, quinta maior refinaria do País, informa a Petrobrás. A Repsol havia adquirido a participação de 30% da refinaria em 2001, como resultado da troca de ativos realizada entre as empresas.
Maior sinergia
Ao comentar a compra dos 30% de participação que a espanhola Repsol possuía na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, afirmou que com a negociação a estatal recupera a autonomia para promover maior sinergia entre a Refap e suas demais unidades.
"Como era outra empresa, não havia possibilidade de ter sinergia completa, porque como sócia a Petrobrás só podia ter um outro tipo de atuação. Agora com 100%, vai ser sinergia à exaustão", afirmou, destacando que a refinaria não recebia apenas petróleo da Petrobrás, mas também da trading da Repsol.
A estratégia da Repsol no Brasil foi a de entrar no downstream, com a compra de postos e de 30% da refinaria no Rio Grande do Sul. "Dentro da nova estratégia da empresa de concentrar suas atividades em upstream, há um ano já vínhamos conversando para chegar a um valor adequado", disse Costa.
A Petrobrás destaca que em 2006 foi concluído o processo de ampliação da Refap, iniciado em 2001 e que resultou no aumento da capacidade de refino de 130 mil para 190 mil barris de petróleo por dia, além de aumentar a complexidade operacional para o processamento de petróleos mais pesados. Atualmente, a produção da unidade consiste, principalmente, em óleo diesel e gasolina, além de nafta petroquímica, propeno, GLP, querosene de aviação, óleo combustível e asfalto.
