BRASÍLIA - A produção de petróleo na Margem Equatorial brasileira tem potencial para criar 326.049 novos empregos formais. Os dados foram levantados pelo Observatório Nacional da Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em estudo inédito sobre o tema, que aponta ainda que a extração pode adicionar R$ 65 bilhões ao PIB nacional e acrescentar R$ 3,87 bilhões à arrecadação indireta.
Segundo a CNI, os cálculos do estudo tiveram como base o sistema de contas regionais do IBGE de 2019, para isolar eventuais distorções por causa da pandemia. A simulação considerou que cada Estado produzirá as máquinas e equipamentos necessários para a produção de petróleo, o que demandaria quantitativos de mão de obra de acordo com o volume de produção de cada Estado. O estudo também assumiu que todo o petróleo obtido será exportado.
A CNI projetou os impactos econômicos e sociais da produção de petróleo em cada um dos Estados que fazem parte da Margem Equatorial — Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará e Amapá. Para isso, considerou a estimativa de exploração de um poço por Estado, com capacidade de 100 mil barris por dia, ao preço do barril de US$ 80, com uma taxa de câmbio de R$ 4,93.
Com base nesse cenário, o potencial por Estado seria o seguinte:
Amapá
Valor adicional ao PIB de R$ 10,7 bilhões, um acréscimo de 61,2%
Criação de 53.916 empregos
Pará
Valor adicional ao PIB de R$ 10,7 bilhões, um acréscimo de 6,2%
Criação de 51.706 empregos
Maranhão
Valor adicional ao PIB de R$ 10,9 Bilhões, um acréscimo de 12,2%
Criação de 56.626 empregos
Piauí
Valor adicional de R$ 10,7 bilhões ao PIB, um acréscimo de 21,5%
Criação de 52.828 empregos
Ceará
Valor adicional de R$ 10,9 bilhões, um acréscimo de 7,2% no PIB
Criação de 56.669 empregos
Rio Grande do Norte
Valor adicional ao PIB de R$ 10,8 Bilhões, um acréscimo de 15,9%
Criação de 54.304 empregos
“A produção de petróleo na margem equatorial viabilizará recursos que poderão melhorar a segurança energética do Brasil, abrir caminhos de transição para a economia verde e a descarbonização, além de promover avanços sociais e na infraestrutura dos Estados que compõem a Margem. É importante dizer que isso dependerá da capacidade de o País construir uma governança dos recursos que garanta transparência, metas e fiscalização da aplicação da riqueza obtida a partir da exploração”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Rafael Lucchesi.
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