PUBLICIDADE

Publicidade

Pix em compras no exterior: saiba como funciona em países como Argentina, EUA e França

Sistema instantâneo de pagamento pode ser usado em locais como Chile, Argentina e Portugal, mas transação não é considerada transfronteiriça, diz BC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse na segunda-feira, 2, que a internacionalização do Pix é um processo contínuo, mas que o sistema de pagamento instantâneo já pode ser usado em diversos países. Segundo o Banco Central, o Pix funciona em locais como Chile, Argentina, EUA, Portugal, França, entre outros.

Pix pode ser usado no exterior, mas não se trata de uma operação transfronteiriça  Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

PUBLICIDADE

Para que seja possível utilizar o sistema no exterior, é necessário que tanto o usuário recebedor como o usuário pagador tenham contas em instituições participantes do Pix no Brasil e conta em real, informa o Banco Central.

Outra opção é quando um estabelecimento do exterior recebe por meio de um e-FX, como são chamadas as facilitadoras de pagamentos internacionais. Nesse caso, o pagador efetua um Pix da sua conta no Brasil para o agente e-FX que, por sua vez, realiza uma remessa internacional para o estabelecimento.

O Banco Central coloca que a ampla adesão ao Pix pela população brasileira tornou cada vez mais comum a oferta de soluções voltadas ao mercado internacional. “Apesar de estar sendo realizado no exterior, o Pix não é considerado uma transação transfronteiriça, porque não há câmbio envolvido. Enxergamos como se a transação estivesse ocorrendo no Brasil”, disse o Banco Central ao Estadão.

Futuro

O órgão ainda ressaltou que está acompanhando iniciativas e discussões sobre interligações de sistemas de pagamentos de diferentes países, viabilizando pagamentos transfronteiriços de forma mais ágil e prática. A agenda, no entanto, não depende apenas do Brasil.

Para que seja possível um sistema de pagamento instantâneo entre os países, é necessário interligar os sistemas domésticos de diferentes jurisdições, explica o órgão. Isso pode ser feito de duas maneiras:

Links bilaterais: conectam ecossistemas de pagamentos instantâneos dois a dois. Trata-se de uma forma mais simples de viabilizar a conexão, porém mais complexa para ter alcance mundial.

Publicidade

Link multilateral: vincula todos os ecossistemas de pagamentos instantâneos de uma só vez, usando uma estrutura ou plataforma comum. É mais complexo de alcançar, mas tende a ser mais eficiente de forma global.

O Pix já foi pensado para estar pronto para estabelecer esses vínculos no futuro, segundo o BC.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.