Pix: veja quais são os golpes mais comuns por faixa etária e como se prevenir

Golpistas miram especialmente pessoas de 60 anos ou mais; menores de 18 anos são mais suscetíveis a compra de um produto ou serviço em loja ou perfil falso

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Foto do author Clayton Freitas

Um estudo indicou quais são as modalidades de golpes de Pix mais recorrentes por faixa etária. Segundo a sondagem, em cinco das seis faixas etárias analisadas o golpe mais comum é o de compra de um produto ou serviço de uma loja ou perfil falso, que atinge o seu maior índice entre aqueles com menos de 18 anos: 58%.

O estudo, denominado Golpes com Pix 2024, foi realizado pela Silverguard, uma empresa de proteção financeira criada por Márcia Netto após ver o pai perder R$ 15 mil justamente em um golpe. Conheça a história da empresa neste link.

Compra de um produto ou serviço de uma loja ou perfil falso é o mais recorrente entre os golpes do Pix  Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Confira abaixo quais são os golpes de Pix mais comuns segundo as faixas etárias, segundo o estudo.

Menos de 18 anos

  • Compra de um produto ou serviço de uma loja/perfil falso (58%);
  • Falsa oportunidade de multiplicar e investir dinheiro (21%);
  • Compra de produto de uma pessoa que teve sua rede social hackeada (7,5%)

De 18 a 29 anos

  • Compra de um produto ou serviço de uma loja/perfil falso (52%);
  • Falsa oportunidade de multiplicar e investir dinheiro (16,5%);
  • Falsa oportunidade de emprego e renda (6%).

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De 30 a 39 anos

  • Compra de um produto ou serviço de uma loja/perfil falso (42%);
  • Falsa oportunidade de multiplicar e investir dinheiro (16%);
  • Falsa oportunidade de emprego e renda (10%).

De 40 a 49 anos

  • Compra de um produto ou serviço de uma loja/perfil falso (41%);
  • Falsa oportunidade de multiplicar e investir dinheiro (13%);
  • Impostor pedindo dinheiro emprestado e/ou ajuda (11%).

De 50 a 59 anos

  • Compra de um produto ou serviço de uma loja/perfil falso (35%);
  • Impostor pedindo dinheiro emprestado e/ou ajuda (27%);
  • Golpe da falsa central de atendimento do banco (8%).

Mais de 60 anos

  • Impostor pedindo dinheiro emprestado e/ou ajuda (48%);
  • Compra de um produto ou serviço de uma loja/perfil falso (18%);
  • Golpe da falsa central de atendimento do banco (7%).

Como o levantamento foi feito?

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O levantamento foi elaborado a partir de dados do Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix, recebidos pelo Banco Central (BC) em 2023 e obtidos pela empresa via Lei de Acesso à Informação (LAI). Os pesquisadores também analisaram 5.000 denúncias de vítimas atendidas pela Central SOS Golpe, uma central gratuita de denúncias de golpes, recebidas de janeiro a junho de 2024.

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As ligações telefônicas são as que mais causam prejuízos financeiros, chegando a uma perda média de R$ 5.100. Além disso, uma em cada quatro dessas ligações é um golpe chamado spoofing, onde os criminosos fingem ser um número de telefone conhecido.

Por renda

O estudo indicou que tanto ricos quantos pobres são vítimas de golpes de Pix, porém, existem diferenças dos motivos quanto a renda é analisa.

Algumas táticas são mais comuns e com maior prejuízo para as classes AB, C ou D e E. Em média, o prejuízo de um golpe com Pix é de R$ 2,1 mil. Veja baixo a média de valores e prejuízos mais comuns por classe social.

Classe A e B

  • Média de prejuízo do golpe de multiplicar dinheiro/investimento falso é de R$ 28,7 mil;
  • Empréstimo falso (R$ 23,6 mil);
  • Pedido de cirurgia/tratamento para um conhecido (R$ 12,9 mil).

Classe C

  • A média de prejuízo do golpe do falso emprego ou renda extra é de R$ 9,8 ,mil;
  • Multiplicar dinheiro/investimento falso: R$ 9,6 mil;
  • Pagar para receber um saldo/dinheiro indevido: R$ 6,7 mil.

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Classe D e E

  • Média de prejuízo do golpe do falso emprego ou renda extra é de R$ 3,2 mil;
  • Impostor pedindo dinheiro ou ajuda: R$ 2,2 mil;
  • Multiplicar dinheiro/investimento falso: R$ 2 mil.

Como identificar e se prevenir de golpes? Veja 10 dicas

  • Evite clicar em links estranhos enviados por WhatsApp, SMS ou e-mail.
  • Utilize senhas fortes em seus dispositivos, a autenticação de dois fatores e nunca passe para terceiros. Essas medidas evitam que as contas em redes, como WhatsApp, sejam clonadas e utilizadas por golpistas para que apliquem golpes em parentes e amigos.
  • Verifique se o site em que deseja realizar a compra possui o certificado digital, ou seja, links que comecem com o “https”.
  • Evite passar dados pessoais por ligação. Os criminosos utilizam essas informações para enviar links falsos na tentativa de aplicar golpes.
  • Monitore seu CPF regularmente para saber se não há registros. Dessa forma, o consumidor consegue saber de forma mais rápido se o seu nome está sendo usado por terceiros.
  • Verifique os comentários de outros consumidores. O consumidor pode conferir a reputação da empresa por meio de sites, como o Reclame Aqui.
  • Desconfie de ofertas com grandes diferenças de preços últimos itens no estoque.
  • Verifique se os dados da empresa, como razão social e CNPJ, estão corretos em boletos bancários e antes de finalizar transações via Pix.
  • Desconfie de produtos e serviços oferecidos por páginas de redes sociais sem selo autenticação baixo número de seguidores.
  • Evite pagamentos fora da página em que os produtos e serviços foram escolhidos. Os criminosos fazem isso para evitar o bloqueio da transferência do dinheiro depois de uma denúncia.
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