BRASÍLIA - Políticos lamentaram nesta segunda-feira, 12, a morte do ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto, aos 96 anos. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse em nota divulgada nesta manhã que Delfim era um “profundo conhecedor das ciências econômicas” e “ocupou papel altivo na história do Brasil desde 1967″.
“Presto minhas condolências aos familiares e amigos do ex-deputado federal e ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto, que morreu na madrugada desta segunda-feira, 12, em São Paulo, aos 96 anos. Profundo conhecedor das ciências econômicas, ocupou papel altivo na história do Brasil desde 1967, quando se tornou, aos 38 anos, o mais jovem ministro do País”, afirmou.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, publicou em suas redes sociais que o “professor Antônio Delfim Netto merece respeito por ter se dedicado ao progresso econômico brasileiro”. “Meus sentimentos aos amigos e familiares”, escreveu.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lamentou também pelas redes sociais a morte do ex-ministro. “Com muita tristeza, mas muita gratidão, nos despedimos hoje do professor Delfim. Tenho profunda admiração pela genialidade e sensatez das suas contribuições para o Brasil”, escreveu o governador paulista no X.
Tarcísio destacou que Delfim Netto foi uma das pessoas a incentivar sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo. “Poucos sabem, mas Delfim Netto foi um dos incentivadores da minha candidatura ao governo de São Paulo”, afirmou. “Serei eternamente grato pelos seus conselhos. Meus sentimentos à sua família, com a certeza de que descansa em paz”, concluiu o governador na publicação.
Ex-ministro, ex-deputado e atual presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse em nota ter recebido com tristeza a informação sobre a morte do economista. “Fomos deputados no mesmo período histórico e estivemos na Comissão de Economia, espaço público em que havia um debate qualificado sobre as políticas de desenvolvimento nacional”, diz.
“Apesar das divergências políticas e no próprio debate econômico, que tivemos ao longo da vida, Delfim Netto sempre teve compromisso com a produção e com o crescimento da economia. Mesmo tendo sido um ministro destacado do regime militar (...), Delfim apoiou o governo Lula em momentos importantes e desafiadores”, afirmou.
O deputado estadual e ex-senador Eduardo Suplicy afirmou em suas redes sociais que, apesar de opiniões divergentes, sempre teve uma “relação de respeito mútuo” com o ex-ministro.
“Na década de 1970, quando eu escrevia para a Folha sobre política econômica, contestei uma subestimativa da inflação em 1973 (época em que Delfim foi ministro da Fazenda). Como deputado federal (1982-1983), eu o argui sobre o caso Coroa Brastel; e como senador (1991-2014), conversamos sobre a Renda Básica de Cidadania. Meus sentimentos aos seus familiares e amigos”, escreveu.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.