Porto de Santos: Ministro diz estar aberto ao diálogo, mas voltou a descartar privatização

Tarcísio se encontrou com o presidente Lula nesta quarta-feira, 11, para tratar da privatização do Porto de Santos e avaliou o encontro como positivo

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Por Redação

BRASÍLIA - O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, afirmou nesta quarta-feira, 11, que está aberto ao diálogo, porém, voltou a descartar a privatização da autoridade portuária em Santos (SP), ainda que considere a concessão do canal de acesso ao terminal. “Não se vende autoridade pública”, reiterou.

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Nesta quarta-feira, a privatização foi tema de reunião do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. “Tarcísio não me procurou, mas estou à disposição dele. Diferente deles, do grupo que era Bolsonaro, nós não temos problema de ouvir outras opiniões, agora nós temos a nossa. Não se vende autoridades públicas.”

Ao destacar que os terminais portuários que movimentam as cargas dentro do Porto já são concedidos à iniciativa privada, França sinalizou que há espaço para o ministério discutir a privatização de serviços específicos do porto, como o canal de acesso.

Lula e Tarcísio se encontram em Brasília. FOTO RICARDO STUCKERT-PR  Foto: DIV

“O que estamos discutindo é o canal e a autoridade. O canal estamos dispostos a discutir com concessionários alternativas mais rápidas e objetivas. A autoridade nós não vamos privatizar”, reforçou. Há pouco, contudo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que “não há dogmas” sobre a privatização do Porto de Santos, e que o governo federal irá buscar o “melhor modelo para cada investimento” – em linha com o que afirmou Tarcísio ao Estadão/Broadcast sobre a reunião com Lula.

Na visão de França, por sua vez, a privatização ficou superada no processo eleitoral. “Havia duas visões de formato no Brasil, uma foi derrotada e outra foi vitoriosa”, em referência à disputa entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro pondera, contudo, que Tarcísio tem conhecimento e o governo está “disposto a ouví-lo”.

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“Quatro anos eles estão tentando fazer e privatizaram a autoridade só do Espírito Santo, que é um porto pequeno, perto do de Santos. Na minha visão, não é o modelo mais ágil”, afirmou, defendendo que no caso da gestão atual faria a concessão em menos de 20% (do tempo) do que demoraria o outro.

O ministro declarou que, até sexta-feira (13), deve se reunir com Tarcísio. França reitera que tem “plena convicção” que o modelo de separação entre canal e autoridade será muito mais rápido e eficiente.

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