Porto de Santos receberá R$ 21 bilhões em investimentos até 2028

Obras do túnel Santos-Guarujá devem receber R$ 6 bilhões, com o governo federal e o governo do Estado de São Paulo arcando com metade dos recursos cada um

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Foto do author Elisa Calmon

SANTOS - O Porto de Santos vai receber R$ 21,28 bilhões em investimentos entre 2024 e 2028. Desse montante, R$ 12,6 bilhões consistem em aportes públicos e parcerias público-privadas (PPP). Os R$ 8,68 bilhões adicionais virão de investimentos privados.

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Em relação aos aportes por empresas, R$ 2,8 bilhões se referem a obras em andamento por companhias como Rumo, Santos Brasil, FIPs e Hidrovias STS 20. Mais R$ 5,88 bilhões virão das obras ainda a serem iniciadas.

A carteira de investimentos, com mais de dez projetos, foi apresentada nesta segunda-feira, 11, pelo presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Autoridade Portuária de Santos apresentou carteira de investimentos, com mais de dez projetos Foto: Tiago Queiroz/Estadão

“Esses investimentos serão fundamentais para o desenvolvimento da região com a parceria entre o governo federal e do Estado de São Paulo”, afirmou Costa Filho em sua quarta visita ao Porto de Santos em seis meses à frente do ministério.

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Acesso

Na lista de obras previstas, o destaque é o túnel Santos-Guarujá. A iniciativa prevê R$ 6 bilhões em investimentos, com o governo federal e o governo do Estado de São Paulo arcando com 50% cada um. Na próxima semana, terão início as audiências públicas para discutir o projeto. O cronograma estipula o licenciamento ambiental para novembro de 2024 e o início da concessão em 2025.

As melhorias na Avenida Perimetral, na margem direita (Santos), no trecho Alemoa, também estão na agenda. O projeto, de R$ 25,8 milhões, visa a pavimentação de 580 metros da via, assim com a construção de um canal de drenagem. A expectativa é que as obras estejam concluídas até outubro de 2025.

Enquanto isso, R$ 544 milhões serão direcionados para a melhoria de acesso ao Porto na Avenida Perimetral, margem esquerda (Guarujá). As obras, que incluem segregação dos tráfegos urbano e portuário, começam em janeiro de 2026 e terminam em fevereiro de 2030.

Um estacionamento adequado para os caminhões é uma demanda de sindicatos que será atendida, segundo o planejamento. Para isso, estão previstos R$ 800 milhões aportados para desenvolver uma área de 500 mil metros quadrados. As obras devem ocorrer entre agosto de 2025 e setembro de 2026.

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Para estimular e facilitar o acesso, está em andamento a adequação do Aeroporto de Guarujá para voos comerciais. O montante para a fase inicial do projeto é de R$ 21,3 milhões. O terminal de passageiros deve ser entregue até o final de 2024.

Dragagem

A APS planeja ainda a dragagem de aprofundamento do canal para 16 metros, com R$ 324,1 milhões em investimentos e conclusão para junho em 2026. Já a dragagem de aprofundamento dos berços entre os armazéns 12A e 23 deve custar R$ 14,9 milhões, com finalização em junho de 2024.

No mesmo tema, o plano é promover a concessão do serviço de dragagem por um período de 20 anos, somando R$ 6,5 bilhões. O leilão deve ocorrer no primeiro semestre de 2026 e o contrato assinado na segunda metade do mesmo ano. A concessionária ganhadora deverá aprofundar para 17 metros e será responsável pela manutenção.

Outros projetos

Em outras frentes há ainda R$ 500 milhões para diversificação da matriz energética, com hidrogênio verde na Usina de Itatinga, que atende ao Porto de Santos. A expectativa é que as entregas dos estudos de modelagem ocorram em janeiro do próximo ano.

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Já a transferência do Concais para a área do Valongo demandará R$ 1,4 bilhão, enquanto o Parque do Valongo, em parceria com a Prefeitura de Santos, custará R$ 100 milhões até o final de 2025.

Os reforços dos berços de atracação da Ilha de Barnabé é esperado para novembro de 2027, enquanto o orçamento é de R$ 112,3 milhões. A implantação do sistema de monitoramento de tráfego de navios, com aporte de R$ 169 milhões, é esperado a começar a operar no segundo trimestre de 2026 por meio de tecnologia e drones.

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