Porto no Japão retoma operações após ataque de ransomware

Porto de Nagoya ficou impedido de receber contêineres por dois dias

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Por Redação

O Porto de Navegação de Nagoya, o mais movimentado do Japão, anunciou nesta quinta-feira, 6, que retomará as operações após um ataque de ransomware ter impedido o recebimento de contêineres por dois dias. As informações são da CNN.

Ransomware é um tipo de software malicioso que normalmente bloqueia os computadores de uma organização para que os hackers possam exigir pagamento. A mídia japonesa relatou que o LockBit, um tipo de ransomware ligado a hackers de língua russa, foi usado no ataque. Até o meio-dia de quinta-feira no Japão, não havia reivindicação de responsabilidade pelo ataque de ransomware pelo grupo LockBit em seu site na dark web.

Porto de Nagoya sofreu o ataque na terça-feira, 4 Foto: Toru Hanai/Reuters

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O Porto de de Nagoya é um hub para exportação de automóveis e é um motor da economia japonesa. A sua restauração, portanto, aliviará as preocupações sobre possíveis consequências econômicas mais amplas do ataque.

O ataque começou na terça-feira, 4, quando o sistema de computador que lida com os contêineres de navegação foi desligado, de acordo com um comunicado da Nagoya Harbor Transportation Association.

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Segundo a reportagem, este é o primeiro ataque de ransomware relatado em um porto japonês, e o incidente tem “causado grande preocupação com o impacto na economia local e na cadeia de suprimentos, incluindo a indústria automobilística”, disse Mihoko Matsubara, estrategista-chefe de cibersegurança da NTT Corporation, uma empresa de telecomunicações japonesa, à CNN.

O grupo de cibercriminosos LockBit também afirmou que atacou a gigante taiwanesa de semicondutores TSMC na semana passada. A TSMC disse que um de seus fornecedores de hardware foi hackeado, mas o incidente não afetou as operações comerciais.

Operadores japoneses de infraestrutura crítica devem treinar para ciberataques em suas cadeias de suprimentos e ter um plano de resposta em vigor, dado as ameaças tanto de cibercriminosos quanto de hackers apoiados pelo estado, disse Matsubara à CNN.

Embora este possa ser o primeiro caso no Japão, ransomware e hacks relacionados têm afetado portos em outros países. Segundo a reportagem, em 2017, um software malicioso supostamente lançado na Europa se espalhou pelo mundo e interrompeu as operações da gigante de transporte marítimo Maersk, causando à empresa um prejuízo estimado de US$ 300 milhões.

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