Prates diz que decisão sobre dividendos era a mais acertada

Segundo ele, o assunto sobre dividendos não estava previsto, entrou como pauta extraordinária

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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse ao Estadão/Broadcast, que a decisão de levar à assembleia de acionistas da empresa a proposta de pagar 50% dos dividendos extraordinários e reter a outra metade foi a mais acertada. Essa era a posição sustentada desde março pela diretoria da petroleira.

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Segundo Prates, para evitar vazamentos, a discussão sobre o pagamento dos proventos só foi iniciada por volta das 18h30, após o fechamento do mercado de ações. Ao longo do dia, outras pautas foram discutidas e também feitas apresentações de projetos.

No início da noite, a área técnica fez uma explanação detalhada da proposta sobre a repartição dos dividendos, para respaldar a decisão dos membros do Conselho. O executivo explica que a proposta leva em conta todas as fundamentações do endividamento da empresa e dos investimentos, que não serão afetados.

“A reunião ocorreu sem problemas, foi harmônica, uma atmosfera legal”, disse Prates, que na primeira tentativa de apresentar a proposta da diretoria se absteve da votação, depois que a proposta não foi sequer levada em consideração.

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Votação no conselho da empresa teve apenas um voto contrário ao pagamento de 50% dos dividendos extraordinários Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Desta vez, informou o executivo, a decisão foi quase unânime, com apenas um voto contrário, da conselheira representante dos empregados, Rosângela Buzanelli. De acordo com ele, o conselho, legitimamente orientado pelo governo, fez seu papel: pediu informações, e foi atendido.

“Não houve prejuízo que não aquele causado por uma especulação exagerada. A legislação foi respeitada, o acionista controlador fez valer sua prudência e transparência, e a governança foi seguida à risca”, afirmou.

Prates defendeu ainda o direito do governo, representado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus ministros, de orientarem os conselheiros que os representam nas decisões do órgão.

“Não tem nada demais, eles têm todo o direito. Não teve intervenção, foi tudo feito através do Conselho e é legítimo o governo orientar seus conselheiros”, explicou Prates.

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