Preço da gasolina nas bombas vai subir R$ 0,25 por litro com a volta de tributos, diz Abicom

Cálculo considera impacto total da reoneração da gasolina nas refinarias de R$ 0,47 por litro, anunciada pelo ministro Fernando Haddad nesta terça-feira

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RIO - O preço da gasolina vai aumentar cerca de R$ 0,25 por litro com a volta dos impostos federais (PIS/Cofins) sobre o produto, anunciada nesta terça-feira, 28, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O terceiro imposto cuja volta estava em discussão, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico dos Combustíveis (Cide), segue zerada por decisão do governo e não vai pressionar o preço final.

O cálculo é da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) e considera um impacto total da reoneração da gasolina nas refinarias de R$ 0,47 por litro, informada por Haddad.

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Como a Petrobras anunciou pela manhã a redução do preço da gasolina em 3,9% (ou R$ 0,13 por litro), o saldo líquido do aumento ficou em R$ 0,34 por litro nas refinarias. Uma vez que a gasolina do tipo A representa 73% da mistura (os outros 23% são etanol anidro), o aumento carregado para as bombas é menor, de R$ 0,25 por litro de insumo, explica o presidente da Abicom, Sergio Araújo.

Na semana entre 19 e 25 de fevereiro, o preço médio da gasolina nos postos de abastecimento do País foi de R$ 5,08 por litro, conforme divulgado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta terça. Sobre essa base, o aumento ao consumidor seria de 4,9%, alcançando a casa dos R$ 5,33 por litro. Como o preço nos postos de gasolina é livre, é possível apenas estimar, mas não precisar o impacto da reoneração.

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Haddad disse a jornalistas que esperava uma redução mais forte nos preços praticados pela Petrobras nas refinarias Foto: Adriano Machado/Reuters

Petrobras

Haddad chegou a mencionar a jornalistas que esperava uma redução mais forte nos preços praticados pela Petrobras nas refinarias, o que amenizaria ainda mais o efeito da volta dos impostos federais sobre o produto.

Há algumas semanas, a Petrobras vende combustível mais caro que o preço de paridade de importação, o chamado PPI, parâmetro que baliza seus preços desde 2016. A companhia tem cálculo próprio de PPI em função de seu volume de vendas e capacidade de estoque e, desde 2020, não repassa imediatamente a volatilidade do mercado internacional, considerando uma média de preços do passado recente e projeções futuras.

Segundo a Abicom e a consultoria StoneX, a gasolina era vendida na terça-feira no Brasil 6% (ou R$ 0,20 por litro) acima do preço de importação, o que de fato sugeria espaço técnico para uma redução maior. Nesse contexto, a redução parcial foi definida como “estritamente técnica”, apesar da motivação política que a acompanhou.

Além da gasolina, a companhia também reduziu em 1,9% o preço do diesel, mas, neste caso, não há impacto ao consumidor porque o produto não foi reonerado, o que está marcado para acontecer em 1º de janeiro.

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