O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse esperar por novas reduções nas compras de ativos nos próximos encontros do Comitê de Política Monetária (Fomc, na sigla em inglês), mas acrescentou que "elas não são escritas em pedra".
Bernanke disse que a decisão de reduzir a compra de bônus mensal em US$ 10 bilhões a partir de janeiro é, em grande parte, devido "ao progresso significativo" no mercado de trabalho. Bernanke afirmou que espera que no longo prazo esses sinais positivos continuem.
"Nós vimos um significativo progresso cumulativo no mercado de trabalho", disse durante a conferência de imprensa após a reunião de dois dias do Fed. Ele ressaltou que a economia criou 2,9 milhões de postos de trabalho e a taxa de desemprego reduziu um ponto porcentual - para 7% - desde o último programa de compra de títulos do Fed em setembro de 2012.Bernanke também acredita que o mercado de trabalho deve continuar com uma "confiança maior". Segundo o presidente, a folha de pagamento tem crescido uma média de 200 mil por mês nos últimos meses e a taxa de desemprego caiu 0,6 pontos porcentuais em junho. Com as restrições fiscais provavelmente diminuindo e os gastos das famílias aumentando, os sinais apontam para a criação de novos postos de trabalho.
O presidente do Fed ressaltou que, "se a economia se desacelerar por algum motivo ou estivermos decepcionados com algum resultado, vamos pular uma reunião ou duas". O Fed anunciou hoje que vai reduzir em US$ 10 bilhões as compras mensais de bônus, que até agora eram de US$ 85 bilhões. "Minha expectativa é de passos moderados similares" durante a maior parte de 2014, acrescentou.
Bernanke frisou que leva a inflação muito a sério e que o Fed está comprometido a evitar inflação muito baixa ou muito alta. "Tomaremos medidas apropriadas para alcançar isso. É difícil de controlar, a inflação não pode acelerar e se mover da forma que você quer", afirmou. / Com Dow Jones Newswires e Market News International
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