Preso na Lava Jato, Bendine viveu imbróglio por empréstimo do BB a Val Marchiori

Executivo é amigo pessoal da socialite, que tomou R$ 2,7 milhões emprestados do banco

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Uma das polêmicas mais graves em que Bendine esteve envolvido foi um empréstimo do Banco do Brasil aprovado em sua gestão para a socialite Val Marchiori, no valor de R$ 2,7 milhões em outubro de 2014. O executivo foi preso nesta quinta-feira, 27, na 42ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Cobra.

Banco do Brasil negou irregularidade em empréstimo de R$ 2,7 milhões à socialite Val Marchiori Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Val Marchiori é amiga pessoal de Aldemir Bendine. Na época, o banco informou não haver ilegalidade na operação

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Pivô de polêmica com Bendine, a socialite desejou boa sorte a Bendine quando ele assumiu o cargo na Petrobrás, em fevereiro de 2015 e pediu que ele acabe com corrupção na Petrobrás.

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No mesmo mês, rumores deram conta da saída de Bendine da presidência do banco estatal. O ministro da Fazenda, na época Guido Mantega, negou sua saída, afirmando que Bendine não estava "demissionário".

Ainda no ano passado, o executivo pagou multa de R$ 122 mil à Receita Federal após ter sido autuado por não informar a procedência de R$ 280 mil em sua declaração do Imposto de Renda. Bendine afirmou ao fisco que guardou o dinheiro em sua casa.

Em janeiro deste ano, Bendine pagou multa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para escapar de um processo por ter violado o período de silêncio durante o IPO (oferta pública inicial de ações, em inglês) da BB Seguridade.  

Em 2012, uma disputa de poder entre Bendine e Ricardo Flores, na época presidente da Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) fez com que Dilma Rousseff interferisse. A presidente ameaçou demitir ambos os executivos: "Roupa suja se lava em casa", afirmou. A disputa de poder começou na Vale, apurou o Estado.

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