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Correios: Lula, Ciro e Tebet são contrários ao modelo de venda de estatal proposto por Bolsonaro

Apesar de não ter se envolvido intensamente na agenda, Bolsonaro voltou a falar da privatização nesta semana

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Foto do author Amanda Pupo

BRASÍLIA - Com exceção do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), os presidenciáveis mais bem colocados em pesquisas eleitorais não consideram avançar com a proposta atual de venda dos Correios.

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Crítico às privatizações planejadas por Bolsonaro e na liderança das intenções de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a incluir no documento de diretrizes do programa de governo sua oposição à privatização da estatal.

“Opomo-nos à privatização dos Correios, uma empresa com importante função social, logística e capilaridade em todo o território nacional”, diz o documento divulgado no fim de junho, confirmando a já esperada posição do candidato petista sobre o tema.

Lula incluiu no documento de diretrizes do programa de governo sua oposição à privatização dos Correios Foto: Evaristo Sá/AFP

Terceiro colocado nas pesquisas, o postulante do PDT à presidência, Ciro Gomes, já rechaçou a ideia de vender a estatal de correspondências. Logo após a Câmara aprovar em agosto no ano passado o projeto que viabilizaria a desestatização, o ex-governador do Ceará foi às redes sociais para afirmar que a privatização dos Correios seria um crime “contra o patrimônio, contra a inteligência e contra a honra dos brasileiros”. Procurada, a assessoria de Ciro Gomes reafirmou que o candidato é contra a venda.

Candidata à presidência com uma tucana na chapa como vice (Mara Gabrilli), a senadora Simone Tebet (MDB), que figura em quarto lugar nas pesquisas de intenção de voto, defendeu ao Estadão/Broadcast que os Correios preservem nas mãos do Estado o monopólio do serviço postal. Pela proposta atual do governo, essa atividade seria concedida à iniciativa privada.

“Defendo que os Correios preservem nas mãos do Estado o monopólio (a exclusividade) do serviço postal. E mantenha a participação da iniciativa privada na logística de serviços e entrega de mercadorias em todo o Brasil”, disse em nota.

Nela, a senadora afirmou ser fundamental que a empresa continue alcançando todo território nacional, sobretudo com agências essenciais em áreas remotas do Brasil. Na visão de Tebet, o projeto de lei enviado pelo governo Bolsonaro ao Congresso não asseguraria, por exemplo, a manutenção dessas agências.

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O segundo colocado nas pesquisas, Bolsonaro, foi quem colocou a estatal Programa Nacional de Desestatização (PND) e, apesar de não ter se envolvido intensamente na agenda, voltou a falar da privatização nesta semana, a menos de dois meses das eleições, como mostrou o Estadão/Broadcast.

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