Produção de grãos deve atingir 293,6 mi de toneladas em 2022, 11,8% acima do previsto, diz IBGE

Resultado é puxado por supersafra de soja; arroz e feijão devem ter safras menores do que em 2021

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Puxada por uma supersafra de soja, a produção nacional de grãos deve alcançar um recorde de 293,6 milhões de toneladas no ano que vem, 30,9 milhões de toneladas a mais que o desempenho previsto para 2022, um aumento de 11,8%. Os dados são do segundo Prognóstico para a Produção Agrícola de 2023, divulgado nesta quinta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado representa um aumento de 1,9% ante o primeiro prognóstico, 5,5 milhões de toneladas a mais.

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Já o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de novembro aponta uma safra de 262,7 milhões de toneladas este ano, o maior montante na série histórica até o momento e 3,7% superior à de 2021, 9,4 milhões de toneladas a mais.

“Em 2022, a safra da soja foi drasticamente reduzida devido à falta de chuvas, sobretudo na região Sul. Para a safra 2023, até o momento, as condições climáticas estão favoráveis ao desenvolvimento das lavouras, o que deve permitir uma recuperação na produção. A safra de 2023 deve ser novo recorde da série histórica do IBGE”, apontou o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, em nota oficial.

Safras de arroz e feijão, dois dos grãos mais presentes no prato dos brasileiro, devem cair em 2022 Foto: Morguefile

A previsão é de que a supersafra de soja alcance 146,4 milhões de toneladas em 2023, alta de 22,5% em relação a 2022. O milho deve somar 115,8 milhões de toneladas, aumento de 5,1% ante 2022.

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“Apesar de uma boa 2ª safra em 2022, a rentabilidade dos preços do cereal deve se manter em 2023, incentivando os produtores de milho a ampliarem as lavouras e investirem mais nesse cultivo”, acrescentou Barradas.

A produção agrícola de 2023 prevê colheitas maiores de soja (alta de 22,5% ante 2022, ou 26.866.714 toneladas a mais), milho 1ª safra (15,8% ou mais 4.022.128 toneladas), milho 2ª safra (1,9% ou mais 1.596.689 toneladas), algodão herbáceo em caroço (0,8% ou mais 31.682 toneladas), sorgo (4,5% ou mais 127.774 toneladas) e feijão 1ª safra (4,2% ou mais 45.884 toneladas).

Na direção oposta, estão estimadas reduções no arroz (-3,1% ou -332.552 toneladas), feijão 2ª safra (-10,4% ou -139.148 toneladas), feijão 3ª safra (-1,0% ou -6.542 toneladas) e trigo (-12,0% ou -1.145.356 toneladas).

A área prevista deve ser maior em 2023 para a soja (3,7%), feijão 2ª safra (0,7%), algodão herbáceo (0,1%) e milho 2ª safra (1,3%). Por outro lado, há recuos estimados para o arroz em casca (-4,0%), sorgo (-1,4%), feijão 1ª safra (-1,8%), feijão 3ª safra (-1,1%) e trigo (-2,4%).

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