PUBLICIDADE

Publicidade

Projeto das dívidas dos Estados deverá ser votado na 1ª quinzena de agosto, diz Senado

Governo de Minas Gerais pediu ao STF nova prorrogação do prazo de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal diante da iminência da votação do tema no Congresso

Foto do author Gabriel Hirabahasi

BRASÍLIA - O projeto de renegociação das dívidas dos Estados com a União deve ser votado na primeira quinzena de agosto, segundo manifestação do Senado encaminhada ao Supremo Tribunal Federal na noite de domingo, 14.

PUBLICIDADE

O ministro Edson Fachin, vice-presidente do STF que está de plantão na primeira metade do recesso do Judiciário, determinou que o Congresso se posicionasse sobre uma possível nova prorrogação do prazo de adesão do Estado de Minas Gerais ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O prazo se encerra em 19 de julho, mas o governo mineiro pediu uma nova extensão diante da discussão no Congresso Nacional.

“Considerando o estágio avançado de discussão da matéria pelos Poderes Legislativo e Executivo federal, juntamente com os entes federados, há uma previsão de votação do projeto de lei complementar no Senado Federal na primeira quinzena de agosto de 2024″, afirmou a Advocacia-Geral do Senado.

Posicionamento do Senado ao STF encerra a expectativa de votação do projeto de renegociação das dívidas dos Estados ainda em julho Foto: Wilton Junior/Estadão

“Nesse sentido, mostra-se adequada a pretensão do Estado de Minas Gerais de obter nova prorrogação do prazo de suspensão do Regime de Recuperação Fiscal por prazo razoável, diante da iminência da discussão legislativa e da possibilidade de ver resolvida, em caráter definitivo, a situação de endividamento desse Estado perante a União”, completou.

O posicionamento ao STF encerra a expectativa de votação do projeto ainda em julho, como vinha cogitando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), autor da proposta. Até a semana passada, o senador mantinha na mesa a possibilidade de votar o projeto de lei antes do início do recesso parlamentar informal (que se inicia em 18 de julho). O governo federal e governadores de Estados menos endividados buscam alterações no texto proposto por Pacheco.

A Advocacia-Geral da União, por outro lado, se manifestou contra a prorrogação do prazo. Alegou que as sucessivas dilações de prazo para adesão ao RRF se tornaram “um salvo-conduto para o não pagamento do seu serviço da dívida”.

O relator do caso é o ministro Kassio Nunes Marques. Como o Judiciário está em recesso, os processos são remetidos ao ministro de plantão. Até o dia 16, será o vice-presidente da Corte, Edson Fachin. A partir do dia 17, será o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.