BRASÍLIA – O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), afirmou nesta terça-feira, 7, que o setor precisará ter uma “grande força de oposição” na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) neste ano, já que o comando do colegiado ficará com o PT. Em paralelo, Lupion disse que a bancada tenta construir pontes com o governo Lula para que não haja “revanchismo eleitoral” contra o agronegócio.
“A Comissão de Constituição e Justiça está definida que no primeiro ano fica com o PT. Ou seja, nós precisamos ter grande força de oposição lá dentro para conseguir obstruir os momentos mais difíceis e as pautas mais prejudiciais ao agro”, declarou o deputado, ao chegar para sua posse como presidente da FPA, em evento realizado em um hotel em Brasília.
Ao comentar a relação com o governo, Lupion disse que o Executivo precisa respeitar o agronegócio pelo tamanho da representação do setor na economia brasileira. “Temos a necessidade de construir pontes para que a gente consiga avançar minimamente dentro da pauta do governo. Existe uma preocupação para que não haja um revanchismo eleitoral com o nosso setor”, afirmou.
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Para Lupion, a presença de ministros de Estado em sua posse na FPA já indica uma preocupação do governo em se aproximar do setor. Ele também voltou a defender mudanças na Medida Provisória (MP) que reestrutura a Esplanada. O agro quer, por exemplo, que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), remanejada para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, retorne para a pasta da Agricultura.
“É óbvio que todo governo, quando assume, tem o direito de montar a Esplanada dos Ministérios da maneira como entender que funciona melhor. Nós não concordamos. Entendemos que houve um enfraquecimento completamente desnecessário do Ministério da Agricultura”, disse o presidente da FPA.
“O governo sabe que a hora que a FPA liga o motor lá dentro do plenário, a gente coloca 300 votos no painel”, emendou Lupion.