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Queda de juros à vista

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Por Danilo Igliori, da Nomad e Estadão Blue Studio
Atualização:
2 min de leitura

Em linha com o consenso entre analistas, o comitê de política monetária dos EUA (FOMC) manteve a taxa básica de juros inalterada entre 5,25% e 5,5% pela oitava vez consecutiva. Também de acordo com as expectativas, houve clara sinalização de que o início do ciclo de cortes pode estar próximo.

Embasando as esperanças, estão os últimos números de atividade e inflação. O FOMC lembrou em seu comunicado que a atividade permanece aquecida, mas a geração de emprego arrefeceu e a taxa de desemprego subiu um pouco (apesar de continuar baixa). Sobre a inflação, foi dito com todas as letras que nos últimos meses houve avanços na direção da meta de 2%. Crescem as chances de o afrouxamento monetário ter início em setembro.

As leituras benignas de maio e junho deram início a uma etapa e, ao que tudo indica, após longa espera, veremos os juros caírem na maior economia do planeta Foto: Getty Images

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Na entrevista coletiva, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou a mensagem. A confiança adicional exposta pelo comitê, mas insuficiente, decorre da principal marca da atual gestão do FOMC: a dependência dos dados.

Em conjunto, progresso passado e estagnação presente resultaram na demanda dos membros do comitê pela tal confiança extra de que a inflação estaria de fato convergindo para a meta de 2% ao ano de forma sustentável para motivar mudanças no curso das ações. As leituras benignas de maio e junho deram início a uma etapa e, ao que tudo indica, após longa espera, veremos os juros caírem na maior economia do planeta.

Neste processo, discussões sobre velocidade e profundidade do ciclo devem ganhar temperatura. O cenário-base é de que o processo será lento e gradual. No momento o consenso gira em torno de três cortes de 0,25 ponto porcentual até o final de 2024 e existe a possibilidade de redução de mais 2 pontos porcentuais até o final de 2025. Mas, parafraseando o próprio FOMC, ainda há muito dado para passar embaixo da ponte até termos uma melhor visão do que vem por aí na política monetária americana.

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* Danilo Igliori é economista-chefe da Nomad

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