SÃO PAULO - Um dispositivo que impede o passageiro da classe econômica de reclinar a poltrona está causando brigas em pleno voo na Europa e Estados Unidos.
Um avião da United Airlines que seguia de Newark para Denver, na semana passada, teve que voltar ao aeroporto de origem depois que uma passageira injuriada jogou água no companheiro de voo que travou sua poltrona.
O incidente na United não foi o primeiro provocado pelo uso do recém lançado Knee Defender (protetor de joelhos), o dispositivo que permite ao passageiro travar a poltrona da frente para que ela não seja reclinada sobre seus joelhos.
O dispositivo foi inventado por Ira Goldman, um passageiro frequente de aviões que se diz cansado de levar amassões nos joelhos. Com 1,90 metro de altura, ele diz que sempre enfrentou problemas com a falta de espaço entre as poltronas e por isso resolveu criar uma espécie de pregador que pudesse impedir a motimentação dos encostos das poltronas.
O Knee Defender é vendido na internet por aproximadamente R$ 50. Para tentar evitar animosidade, ele vem com um 'cartão de cortesia' que deve ser entregue ao passageiro da frente explicando como o aparelho funciona e quantos centímetros o passageiro de trás está disposto a ceder para a poltrona reclinar. Nem sempre o cartão é capaz de evitar brigas.
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Segundo pesquisas, 60% da tripulação das companhias aéreas costumam testemunhar polêmicas entre passageiros por causa do encosto da poltrona. Nove em cada dez passageiros acham que as poltronas não deveriam ser reclináveis em voos mais curtos, segundo reportagem do jornal Daily Mail.
No LinkedIn, internautas fazem uma campanha para acabar com as poltronas reclináveis em voos de curta distância. Um homem de negócios escreveu no site que costuma oferecer US$ 20 para o passageiro da frente não reclinar a poltrona. A opção de poltronas fixas já começa a ser adotada por algumas companhias de baixo custo.
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