O incremento da produtividade da cana-de-açúcar deverá ser prioridade da Raízen nas próximas safras. Na abertura do evento para investidores, o Raízen Day, realizado nesta quarta-feira, 24, em São Paulo (SP), o CEO da Raízen, Ricardo Mussa, afirmou que, em relação ao que se esperava quando a empresa realizou a abertura de capital, os níveis registrados de produção da matéria-prima decepcionaram.
“A produtividade agrícola é a prioridade número um da Raízen hoje”, ressaltou o executivo. Segundo ele, a companhia enfrentou dois anos muito difíceis em termos de clima e agora procura restabelecer os níveis esperados em um ano que dá indícios de que será promissor. O CEO, no entanto, não detalhou quais seriam os níveis esperados.
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Na safra 2023/24, que começou em abril, a Raízen prevê processar 80 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, o que representará uma expansão de 9% ante ao ano-safra anterior.
Um fator de risco é a possibilidade de ocorrência do fenômeno climático El Niño no próximo semestre. A companhia teme que o aumento das chuvas no Centro-Sul do País no fim do ciclo de produção da poderá atrasar a moagem.
No evento, o CEO ainda destacou que a geração de caixa também ficou menor do que a Raízen estimava na época do IPO, pressionada por fatores como inflação e taxa de juros. “Temos um ativo tributário enorme na Raízen hoje e estamos trabalhando para fazer essa conversão em caixa livre”, ressaltou o CEO.
Outro ponto que ficou aquém, para a companhia, foi o investimento em biogás. A empresa esperava construir 39 modos de biogás e hoje está apenas com seis. “Estamos vendo usos mais atrativos do que apenas gerar energia elétrica”, argumentou o executivo.
Sobre os pontos positivos e que surpreenderam desde a abertura do capital, a Raízen ressaltou a demanda por Etanol de Segunda Geração (E2G), os níveis de preço do açúcar e do etanol e o avanço da demanda pelos produtos. O CEO também destacou a entrega Ebtida do Raízen Power e os avanços do programa Shell Box.
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