BRASÍLIA - O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse que o novo controle de cargas que chegam ao País em voos internacionais, chamado de CCT Importação - Modal Aéreo, vai reduzir o tempo de liberação de mercadorias de seis dias para um dia.
Para ele, o novo sistema será “revolucionário” para o comércio exterior do País, com potencial de transformar o Brasil em um hub relevante para a América Latina. Ele reforçou que o projeto é de Estado, iniciado há quase 10 anos e que envolveu órgãos governamentais e iniciativa privada. “O portal único é composto de módulos, construído de modo colaborativo com outros players”, destacou.
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Após um período de testes no aeroporto de Vitória, o modelo será expandido para todo o País na quarta-feira, 2. “A partir de quarta-feira, mais de 95% do modal aéreo passa a ser controlado por essa CCT. É uma evolução fantástica que coloca o comércio exterior do Brasil na vanguarda”, disse Barreirinhas.
O governo lançou nesta segunda-feira, 31, um novo sistema de controle de cargas aéreas para desburocratizar e, consequentemente, baratear as importações de produtos de alto valor agregado — que são realizadas, em sua maioria, pelo setor industrial.
A meta, segundo a Receita Federal, é reduzir em 80% o tempo médio de liberação das mercadorias nos aeroportos e em até 90% a quantidade de intervenções físicas. No ano passado, o Brasil importou US$ 47 bilhões (R$ 222 bilhões) pelo modal aéreo.
Preço das mercadorias
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que as mudanças anunciadas, com potencial de gerar uma economia de R$ 10 bilhões anuais, segundo a Receita Federal, vão se refletir nos preços das mercadorias.
“Cada centavo conta hoje no comércio exterior”, disse o ministro à imprensa. Ele reiterou que a economia de R$ 10 bilhões anuais é muito significativa e que tem potencial de espraiar efeitos positivos para outros modais, com efeitos para a competitividade do País. Ele também disse que o comércio exterior usando modal aéreo tende a aumentar muito nos próximos anos.
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