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Reforma tributária: coordenador da bancada de SP na Câmara diz que decisão cabe aos partidos

Antonio Carlos Rodrigues afirma que posição dos parlamentares dependerá da orientação dos partidos

Foto do author Iander Porcella

BRASÍLIA E SÃO PAULO - Apesar da ofensiva do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para que os deputados federais do Estado se alinhem à posição dele na reforma tributária, o coordenador da bancada paulista na Câmara, Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), afirmou ao Estadão/Broadcast que a posição dos parlamentares em relação à proposta vai depender mais da orientação dos partidos.

“Não, isso vai ficar com os partidos”, afirmou Rodrigues, ao ser questionado sobre a possibilidade de a bancada de SP votar em conjunto na análise da reforma no plenário. “Imagine o partido fechar questão [e os deputados seguirem outra orientação]. Tem que aguardar os partidos”, emendou.

Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem se posicionado que os deputados federais do Estado se alinhem à posição dele na reforma tributária  Foto: Isadora de Leão Moreira/GOVERNO SP

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Tarcísio chamou os deputados federais do Estado para um jantar na noite de ontem para tratar da reforma tributária. O próprio coordenador da bancada paulista, contudo, faltou à reunião. Como mostrou o Estadão, o governador de SP lidera uma mobilização contra o modelo de arrecadação centralizada em um Conselho Federativo, como proposto no texto da reforma. Tarcísio também está insatisfeito com os critérios para a divisão das verbas do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR) entre os Estados.

Apesar das resistências, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está decidido a levar adiante a reforma tributária. Ontem, em reunião com líderes da Casa, ele elegeu a proposta como a prioridade da semana, junto com o arcabouço fiscal e o projeto que retoma o chamado “voto de qualidade” no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Lira pautou a reforma na sessão deliberativa convocada para hoje. A ideia é iniciar a discussão do texto para que a proposta seja aprovada ainda nesta semana, ao menos em primeiro turno. Mudanças constitucionais, como é o caso da reforma tributária, precisam do apoio de ao menos 308 deputados, em dois turnos de votação.

A Mesa Diretora da Câmara cancelou todas as reuniões de comissões temáticas e Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), além de sessões solenes, ao longo desta semana para que os parlamentares se dediquem às votações da pauta econômica. “É chegada a hora de darmos um salto e aprovarmos uma nova legislação tributária que o Brasil merece. Daremos celeridade na votação dessas matérias fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do País”, disse Lira.

Na reunião de ontem, ficou acertado que os líderes partidários reúnam hoje suas bancadas para sentir o clima político na Casa em relação à reforma tributária. O relator da proposta, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentou os principais pontos do texto e disse que está avançando em um acordo com os governadores para formar um consenso.

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