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Relatório do Orçamento prevê R$ 6,8 bi para salário mínimo e mais verbas para Saúde e Educação

O parecer também eleva os recursos para Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Defesa, Agricultura e programas sociais

Foto do author Iander Porcella
Por Iander Porcella (Broadcast) e Débora Álvares

Brasília- O relatório final do Orçamento de 2023, elaborado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), prevê R$ 6,8 bilhões para o aumento real do salário mínimo, promessa de campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O parecer também eleva os recursos para Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Defesa, Agricultura e programas sociais.

A expectativa de Castro é que o relatório seja votado na Comissão Mista de Orçamento (CMO) na quinta-feira, 15, e analisado no plenário do Congresso na semana que vem. O relator direcionou R$ 22,7 bilhões a mais para a Saúde; R$ 11,2 bilhões a mais para a Educação; R$ 75 bilhões a mais para o Ministério da Cidadania, responsável pela execução do Bolsa Família e outros benefícios; R$ 500 milhões a mais para Defesa; R$ 9,5 bilhões a mais para o Desenvolvimento Regional; e R$ 3,7 bilhões a mais para o Turismo.

Ssenador Marcelo Castro (MDB-PI) relator da PEC do orçamento do ano de 2023 Foto: Wilton Júnior/Estadão

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O relatório também reserva R$ 5 bilhões a mais para a Ciência e Tecnologia; R$ 1,75 bilhão a mais para o Ministério da Economia; R$ 800 milhões a mais para a Justiça e Segurança Pública; R$ 400 milhões a mais para a Ministério do Trabalho e Previdência; R$ 126,4 milhões a mais para as Comunicações; R$ 536 milhões a mais para o Meio Ambiente; R$ 250 milhões a mais para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos; R$ 10 milhões a mais para o Banco do Brasil; R$ 5,75 bilhões a mais para encargos financeiros da União; e R$ 35 milhões a mais para a Presidência da República.

O senador levou em conta no relatório o texto da Proposta de Emenda à Constituição da transição da forma como foi aprovado no Senado. A PEC, contudo, precisa do aval da Câmara, onde ainda não há consenso sobre as medidas. Ontem, Castro se reuniu com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar do Orçamento.

A PEC da transição, na forma como passou no Senado, amplia o teto de gastos - a regra que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação - em R$ 145 bilhões para pagar o Bolsa Família. Também retira do teto R$ 23 bilhões em receitas extraordinárias para financiar investimentos públicos, além de permitir a liberação do orçamento secreto ainda neste ano.

Para aprovar a proposta no Senado, o senador Jaques Wagner (PT-BA) teve de anunciar, em nome de Lula, um acordo para reduzir a ampliação do teto de gastos de R$ 175 bilhões, como estava previsto no parecer inicial do relator, Alexandre Silveira (PSD-MG), para R$ 145 bilhões.

Como os R$ 175 bilhões previstos inicialmente seriam suficientes para bancar todo o Bolsa Família, os R$ 105 bilhões já previstos no Orçamento para o programa de transferência de renda ficariam livres. Agora, a abertura na LOA de 2023 será de R$ 75 bilhões, ou seja, R$ 30 bilhões a menos que terão de ser usados para completar o pagamento do benefício social.

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A expectativa do senador é que a PEC seja aprovada até quarta-feira, 14, na Câmara, devido ao cronograma apertado, já que a LOA precisa ser aprovada até a semana seguinte, antes do recesso do Congresso. Na visão dele, o julgamento do orçamento secreto no Supremo Tribunal Federal (STF) não deve atrapalhar a tramitação, embora parlamentares vejam as “digitais” de Lula no processo.

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