Reservatórios de hidrelétricas devem fechar maio com quase 90% de armazenamento

No Sudeste/Centro-Oeste, expectativa é de que volume de água termine o mês em 88,1%; há dois anos, esse número estava em 32,1%

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Atualização:

São Paulo - As hidrelétricas que atendem ao Sistema Interligado Nacional (SIN) devem encerrar maio com níveis de armazenamento superiores a 80% em todas as regiões, informa o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no mais recente Programa Mensal da Operação (PMO).

No Sudeste/Centro-Oeste os níveis armazenados podem chegar a 88,1%. Caso o prognóstico se confirme, será o maior volume dos reservatórios da região para o mês desde o início da série história, em 2000. Essa previsão é baseada na expectativa de que este mês, embora seja considerado de menos chuvas, a Energia Natural Afluente (ENA), a quantidade de água que chega aos reservatórios, fique em 101% da média histórica na região.

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O volume contrasta fortemente com o que foi registrado há dois anos. Em maio de 2021, o armazenamento médio nas duas regiões ficou em 32,1%. O volume baixo das represas acabou levando ao acionamento de termelétricas emergenciais, que têm uma energia mais cara. A situação se refletiu no aumento das contas de luz.

Para o Sul, a estimativa é que o armazenamento fique em 84,3%, após uma ENA de 74% da média de longo termo (MLT).

No Nordeste, a previsão é que os reservatórios das hidrelétricas alcancem 88,8% de capacidade, com a ENA em 55% da média. Já no Norte, o armazenado deve ficar em 100%, com ENA de 112%.

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Com reservatórios em nível alto, conta de luz deve permanecer na bandeira verde Foto: MARCELO MIN/ESTADÃO CONTEÚDO

Consumo

O ONS atualizou também sua previsão para o consumo de energia no País e estima que em maio a carga de energia alcançará 71.975 megawatts médios (MW med), alta de 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

A demanda maior por energia deve acontecer no Norte, onde está prevista uma alta de 13,6% e no Nordeste, com expansão de 4,5%. O Sudeste/Centro-Oeste, onde está o maior consumo de energia, a carga deve aumentar 1,8% e no Sul 2,7%.

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