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Residenciais de alto padrão têm paisagismo e design como atrativos

Assinatura de estúdio holandês, biofilia da calçada à fachada e proximidade do Ibirapuera são destaques

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Atualização:

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Vertentes do segmento residencial de alto padrão, contempladas com o Master Imobiliário, exploram o design artístico e o paisagismo que se estendem por todo o empreendimento.

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Três exemplos são o EZ Parque da Cidade, da Eztec, o Praça Faria Lima, da AW Realty, e o Tumiaru 120, da Patrimônio, projetos arquitetônicos que receberam destaque da comissão julgadora da premiação. Todos foram construídos na zona sul de São Paulo.

As inovações do EZ Parque da Cidade abrem um capítulo na história da arquitetura, segundo Marcelo Ernesto Zarzur, diretor vice-presidente da Eztec. “A fachada, com design escultural, foi inspirada no catavento”, diz. “Cada apartamento gira em torno do núcleo da edificação, permitindo vistas das quatro faces das duas torres.”

Para ele, é uma obra de arte criada pelo escritório internacional UNStudio, do holandês Ben van Berkel. As duas torres ocupam área de 9 mil metros quadrados. Uma tem 39 pavimentos e 134 metros de altura, a outra, 36 andares e 125 m.

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São 244 apartamentos (de 134 a 227 m², com 3 e 4 dormitórios) e duplex de 213 a 366 m², com um valor geral de vendas (VGV) de R$ 576 milhões. “93% das unidades já foram vendidas”, diz Zarzur.

Lançado em outubro de 2019, com preço de R$ 12.750/m², hoje custa R$ 21.500/m2. Um aumento de 68%. “Isso se deve ao crescente interesse pela região e à percepção dos clientes quanto à diferenciação do produto”, avalia.

O júri do Master elogiou as “soluções arquitetônicas do residencial da Eztec implantado no Parque da Cidade, maior complexo multiuso de São Paulo”. Está localizado na Chácara Santo Antônio, no eixo Berrini-Chucri Zaidan, ao lado da Marginal Pinheiros. “É uma área consagrada pela arquitetura de vanguarda e, hoje, o mais importante polo econômico e corporativo da cidade”, segundo a Eztec.

EZ Parque da Cidade: fachada foi inspirada no catavento, diz Marcelo Ernesto Zarzur, diretor vice-presidente da Eztec.  Foto: Eztec/Divulgação

Zarzur considera a Chucri Zaidan fundamental para o desenvolvimento imobiliário porque “atrai empresas e moradores com infraestrutura robusta e localização estratégica”. Na sua opinião, a operação urbana Água Espraiada, que abrange o eixo da Berrini-Chucri Zaidan, representa uma evolução em relação à operação urbana da Faria Lima. “Oferece um mix equilibrado de residenciais e comerciais”, atesta. “A disponibilidade de terrenos maiores permite a construção de mais projetos multiúso, onde as pessoas podem trabalhar, morar e acessar serviços.”

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Renovação

Com a requalificação da região da Faria Lima, o bairro tem passado por uma renovação, diz o voto consensual dos jurados do Master. “A Avenida Santo Amaro, que faz parte desse eixo, ficou muito boa”, afirma Claudio Carvalho, sócio diretor da AW Realty, empresa premiada com o residencial Praça Faria Lima, situado na esquina da Rua Chipre com a Rua Atílio Innocenti, onde a fachada ativa terá uma loja de 280 m² no térreo.

Em torre única de 22 pavimentos, tem 16 apartamentos tipo (de 226 m²), o garden (383 m²) e a cobertura duplex (412 m²) com piscina. São 18 unidades com VGV de R$ 126 milhões – em média, R$ 7 milhões cada uma.

“É um empreendimento de alto padrão, que une sofisticação e funcionalidade”, afirma o júri. “O resultado do trabalho de concepção foi uma torre sóbria e elegante.”

O design externo utiliza concreto aparente, vidro, brises e cachepots. Nos dormitórios, as janelas estão voltadas para a Avenida Faria Lima, com vista ampla. As áreas sociais, projetadas pela Athié Wohnrath, adotaram tons neutros e materiais como pedras e madeira.

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Carvalho conta que o lançamento foi em 2021. “O preço médio era de R$ 24 mil a R$ 25 mil por m²”, diz o diretor, lembrando que as obras tiveram início em março de 2022. A conclusão ocorreu neste ano. Hoje, segundo ele, o preço subiu 40%. “Custa R$ 35 mil/m² por causa da região e por ser um projeto com poucas unidades.”

Em relação à penthouse com piscina, Carvalho garante que sempre tem procura por um produto bem desenhado e exclusivo. “Preço é o mercado que dita”, afirma. “Essa cobertura, vendida no período de lançamento, agora está valendo em torno de R$ 45 mil a R$ 50 mil o m².”

Entre os compradores, o perfil é predominantemente formado por moradores. “Só dois ou três eram investidores”, diz Carvalho, citando comodidades oferecidas no empreendimento, como as piscinas descobertas (adulto e infantil) que ficam 7 metros acima do nível da rua. Academia, sauna e sala de massagem complementam essa área.

Obras de arte e mobiliário são entremeados pela vegetação. Assinado por Benedito Abbud, o paisagismo “traz o conceito de biofilia desde a calçada e vai subindo pelas fachadas”. Os apartamentos têm jardineiras em janelas e terraços.

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Ibirapuera

A biofilia, que virou tendência na busca do bem-estar por meio da conexão com elementos da natureza, também é atributo do Tumiaru 120, “uma joia de alto valor a 500 metros do Parque Ibirapuera”, afirma o júri do Master, elogiando o design arrojado do residencial da Patrimônio. “Sua arquitetura contemporânea e atemporal apresenta unidades sobrepostas e intercaladas, com livings articulados em diagonais.”

Concebido para privilegiar a vista para o Ibirapuera, o projeto traz 19 apartamentos de 185 m² e o garden de 412 m². “70% das unidades foram comercializadas”, declara o diretor executivo, Felipe Domene. “A Patrimônio possui unidades nos andares altos e o garden, com preço de R$ 42 mil por m².”

O júri destacou o uso de sistemas sustentáveis. “O revestimento de madeira plástica ecológica na fachada, infraestrutura para aquecimento solar e o uso de materiais de baixa manutenção são exemplos de sustentabilidade”, argumenta Felipe Domene, comentando que os prédios do entorno têm arquitetura neoclássica. “Pensamos na arquitetura contemporânea e convidamos o escritório FGMV para fazer o projeto”.

Cubos

As caixas ripadas revestidas com material da Arkos, segundo a FGMF Arquitetos, foram escolhidas “não apenas por estética, mas também por sua eficiência energética para criar um ambiente que promova conexão humana e bem-estar”. Além de materiais como a madeira Ecowood na fachada, o Tumiaru 120 investe em biofilia, incorporando elementos naturais e plantas em diferentes espaços do prédio e nas jardineiras.

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As áreas comuns estão divididas em dois pavimentos. No térreo, ambientes de atividade coletiva como salão de festas, espaço gourmet, sala de jogos, brinquedoteca e academia, integrados por uma praça aberta. O ático do edifício foi destinado para um uso mais reservado. Ali, no rooftop, sala de massagens, spa, solário e piscina, sauna e ofurô, proporcionam uma vista arborizada do parque.

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