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Insights de carreira com o headhunter mais influente do Brasil e um estudioso dos hábitos, comportamentos e habilidades que levaram os maiores líderes ao seu lugar de potência

Comparar sua carreira com que outros mostram nas redes é um veneno que te derruba; veja como evitar

Esse é um hábito mental traiçoeiro, que sabota tanto sua autoestima como sua produtividade, carreira, até chegar ao ponto de minar sua felicidade

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Foto do author Ricardo Basaglia

Você já se pegou rolando seu feed nas redes sociais, admirando as conquistas profissionais, viagens interessantes e vidas aparentemente perfeitas dos outros — e logo em seguida se sentindo inadequado e desmotivado? Se sim, você caiu na armadilha da comparação!

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Esse é um hábito mental traiçoeiro, que sabota tanto sua autoestima como sua produtividade, carreira, até chegar ao ponto de minar sua felicidade. Contudo, apesar de o uso das redes sociais amplificar a questão, a comparação social não é um fenômeno recente.

Ao longo da história, as pessoas sempre se mediram em relação aos outros. Afinal, para mensurar qualquer coisa, seja na ciência, nos esportes ou nos negócios, é necessário um referencial. Portanto, sem comparação, não teríamos como avaliar progresso, qualidade ou desempenho.

Evite comparações de sua carreira com as de outros para não ficar frustrado.  Foto: tuaindeed - stock.adobe.com

Desde os antigos gregos, que mediam as capacidades físicas nas Olimpíadas, até métricas modernas de desempenho corporativo, a comparação serve como ferramenta essencial para a melhoria e inovação. Na Grécia Antiga, os cidadãos competiam em jogos atléticos e debates filosóficos para determinar sua posição na sociedade. Com o surgimento da classe média no século XVIII, a comparação se tornou mais sutil, mas não menos presente, com as pessoas julgando seu valor com base em posses materiais, educação e realizações profissionais.

Mas a era digital levou essa tendência ao ápice. Isso porque as mídias sociais nos bombardeiam constantemente com os destaques cuidadosamente curados das vidas alheias, criando uma visão distorcida da realidade. O que antes era limitado ao nosso círculo imediato de amigos e vizinhos agora se expandiu para uma audiência global.

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A exposição constante às conquistas dos outros pode nos fazer sentir que estamos sempre ficando para trás, alimentando uma cultura de insatisfação crônica e busca incessante por validação externa.

E se eu lhe disser que essa comparação constante não só é inútil e insalubre, como também pode estar impedindo você de alcançar seu verdadeiro potencial?

Um estudo recente realizado na Universidade Pensilvânia aponta uma relação direta entre o tempo gasto nas redes sociais e o aumento dos sintomas depressivos, com a comparação social atuando como mecanismo principal.

E engana-se quem pensa que esta é uma insegurança que afeta apenas os cidadãos médios, que estão na luta para crescer em suas carreiras. Pelo contrário. Um artigo da Harvard Business Review revela que essa é uma dor que afeta acadêmicos das principais universidades da Ivy League, como Harvard e MIT, além de ganhadores do Prêmio Nobel.

Então, o que podemos fazer? Felizmente, existem estratégias eficazes para escapar da armadilha da comparação e cultivar uma mentalidade mais saudável e produtiva. Aqui estão seis dicas práticas para você começar a praticar:

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  • Estabeleça metas pessoais significativas: concentre-se em objetivos que sejam importantes para você, não naqueles que impressionam os outros. Isso alinha suas ações com seus valores e sonhos. Algo que não dá para comparar, já que cada propósito é único.
  • Limite o tempo nas redes sociais: defina limites conscientes para o uso de mídias sociais e use esse tempo extra para atividades que promovam bem-estar. Aplicativos ou recursos de monitoramento de uso ajudam nesse controle.
  • Cultive relações: priorize conexões reais e profundas com as pessoas, nos quais você pode ser você mesmo, em vez de interações superficiais online.
  • Celebre o sucesso dos outros: tente canalizar a inveja e transformá-la em uma forma de inspiração, reconhecendo que o sucesso alheio não diminui suas próprias possibilidades de realização.
  • Concentre-se no seu desenvolvimento: existe algo que você de fato acredita que precisa mudar? Então invista nisso! Mas tente se comparar apenas com versões anteriores de si mesmo, celebrando seu progresso e aprendendo com os desafios.
  • Pratique a gratidão: reserve alguns minutos todos os dias para refletir sobre as coisas pelas quais você é grato em sua vida. Esta pode parecer uma dica de um guru espiritual, mas está cientificamente comprovado que gratidão e meditação ajudam a mudar o foco e promovem bem-estar!

Ao implementar essas estratégias, você começará a quebrar o ciclo vicioso da comparação e a construir uma base mais sólida de autoestima e satisfação pessoal. Lembre-se de que cada pessoa tem uma jornada única, com seus próprios desafios, oportunidades e ritmos de desenvolvimento.

Agora, talvez você esteja se perguntando: “Mas como saber se estou me desenvolvendo se eu não usar algum parâmetro de comparação?” Então saiba que a verdadeira medida do sucesso não está em nossa comparação e em relação aos outros, mas em como crescemos e evoluímos em relação a nós mesmos.

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