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Ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócios da FGV

Opinião|ONU reconhece o cooperativismo como modelo econômico que promove o bem-estar coletivo

Organização declarou 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas e enfatizou o ‘papel vital’ delas na ‘promoção de um desenvolvimento econômico e social inclusivo e sustentável’

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Foto do author Roberto Rodrigues

Em junho passado a ONU adotou e publicou a Resolução 78/289 declarando 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas. Justifica tal medida enfatizando o “papel vital das cooperativas na promoção de um desenvolvimento econômico e social inclusivo e sustentável, conforme os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030″.

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E ainda afirma que as “cooperativas são essenciais na erradicação da pobreza, redução da fome e promoção da igualdade, além de serem organizações que promovem a participação ativa das comunidades de maneira democrática”.

Em suma, a ONU reconhece o cooperativismo como um modelo econômico que promove o bem-estar coletivo e por isso incentiva os Estados membros a apoiarem as cooperativas como agentes de transformação social e ambiental em 2025 e além.

Carregamento de soja em cooperativa agrícola de Capão Bonito Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

Naturalmente, a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), órgão de cúpula desse extraordinário movimento socioeconômico que filia cerca de 1,2 bilhão de cooperados em todos os continentes (que com seus familiares e agregados somam mais da metade da população do planeta) e que é uma instituição consultiva da própria ONU, orientou suas filiadas, as organizações nacionais de cooperativismo, a promoverem em seus países a conscientização sobre a contribuição das cooperativas ao desenvolvimento harmonioso das comunidades ao redor do mundo.

A OCB, que é a principal instituição brasileira filiada à ACI (desde 1989), montou um vigoroso programa para cumprir esse compromisso, entendendo que a oportunidade aberta pela ONU é super-relevante no atual momento histórico, que se caracteriza pela falta de lideranças que definam rumos para o crescimento democrático das nações.

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A agenda da OCB tem como objetivos: promover e fortalecer a imagem do cooperativismo, ampliar o reconhecimento das cooperativas como atores-chave na construção de uma economia inclusiva, estimular a adesão e o engajamento da sociedade e do Poder Público ao movimento e deixar um legado cultural e institucional ao cooperativismo com práticas que ultrapassem 2025.

Será uma ação coordenada em que cada uma das cooperativas em todo o território nacional envidará esforços de comunicação e engajamento, considerando em especial o sétimo princípio do cooperativismo criado no Congresso da ACI realizado em Manchester, por ocasião do seu centenário, em 1995: “As cooperativas têm de se preocupar com o desenvolvimento das comunidades em que estão inseridas, e não apenas com seus cooperados”.

Salve o atuante e moderno cooperativismo brasileiro!

Opinião por Roberto Rodrigues

Ex-ministro da Agricultura e professor emérito da Fundação Getúlio Vargas

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