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Ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócios da FGV

Opinião | Frentes parlamentares estão comprometidas com as causas legítimas do agronegócio

Campo fortalecido só ajuda nossa estabilidade econômica, social e política, abastecendo a população e combatendo a inflação

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As instituições de representação da agropecuária e do agronegócio estão mergulhadas na formulação de planos e propostas a serem apresentadas ao governo, de olho no Plano de Safra 2024/25, e contam com a boa vontade do ministro da Agricultura e sua competente equipe.

Mas é fundamental que o governo como um todo entenda que o setor rural pode impulsionar o País a enfrentar os fantasmas que assolam a humanidade: segurança alimentar e energética, mudanças climáticas, desigualdade social e, sobretudo, a busca pela paz. O campo fortalecido só ajuda nossa estabilidade econômica, social e política, abastecendo a população e combatendo a inflação, ao mesmo tempo que garante um protagonismo global responsável e construtivo no enfrentamento daqueles fantasmas.

Instituições de representação da agropecuária e do agronegócio estão de olho no Plano Safra Foto: Wilton Junior/Estadão

Espera-se que, na formulação do Plano Safra, finalmente se coloque um seguro rural digno da agropecuária brasileira. Mas, para além desse trabalho, as principais lideranças institucionais procuram fortalecer as bancadas ou frentes suprapartidárias ligadas aos seus setores porque é no Parlamento que está boa parte do debate nacional sobre o desenvolvimento equilibrado e sustentável do País.

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Exemplo disso é a Agenda Legislativa do Agro que a CNA lançou em concorrido evento em Brasília, colocando com firmeza suas demandas para 2024. Entre elas, estão a regulamentação da reforma tributária, a efetivação de uma política de licenciamento ambiental séria e equilibrada e a implementação do Código Florestal. Também pleiteia a segurança jurídica no campo, garantindo o direito de propriedade. Trata de promover o debate democrático das questões trabalhistas e o trabalho de safristas. Além disso, a agenda solicita avanços em infraestrutura e logística, com ênfase para tecnologia e educação no campo (irrigação é prioridade). Propõe a ampliação de acordos comerciais para garantir mercados aos produtos brasileiros.

As frentes parlamentares estão comprometidas com as causas legítimas do agronegócio. A Frente do Cooperativismo, liderada pelo deputado Arnaldo Jardim, tem obtido conquistas fundamentais para esse importante movimento socioeconômico.

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E a Frente da Agropecuária se transformou numa força tão poderosa nas principais discussões do Congresso Nacional que seu presidente, o corajoso deputado Pedro Lupion, está sendo cogitado para presidir a Câmara dos Deputados. Seria uma lição do Legislativo aos demais Poderes da República: o reconhecimento da importância dos setores rural e agroindustrial na história contemporânea do País.

Opinião por Roberto Rodrigues

Ex-ministro da Agricultura e professor emérito da Fundação Getúlio Vargas

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