NOVA YORK - O governo dos Estados Unidos acusou Samuel Bankman-Fried, fundador e ex-CEO da exchange de criptomoedas FTX, de uma série de crimes financeiros nesta terça-feira, 13, alegando que ele enganou intencionalmente clientes e investidores para enriquecer a si mesmo e a outros, enquanto desempenhava um papel central nos bilhões de dólares do colapso da empresa.
Os promotores federais disseram que Bankman-Fried planejou “um esquema e artifício para fraudar” os clientes e investidores da FTX a partir de 2019, ano em que foi fundada. Ele desviou ilegalmente o dinheiro deles para cobrir despesas, dívidas e negociações arriscadas no fundo de hedge cripto que iniciou em 2017 Alameda Research e para fazer luxuosas compras de imóveis e grandes doações políticas, disseram os promotores, em uma acusação de 13 páginas.
Bankman-Fried, de 30 anos, foi preso nesta segunda-feira, 12, nas Bahamas a pedido do governo dos Estados Unidos e permanece sob custódia após a fiança ter sido negada. Ele foi acusado de oito violações criminais, variando de fraude eletrônica a lavagem de dinheiro e conspiração para cometer fraude.
Em uma entrevista coletiva na terça-feira, o procurador dos EUA Damian Williams chamou o caso de “uma das maiores fraudes da história americana” e disse que a investigação está em andamento e avança rapidamente. / ASSOCIATED PRESS
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.