Criptomoedas: Sam Bankman-Fried, criador da FTX, volta à cadeia por tentar influenciar testemunhas

Juiz revogou fiança de R$ 250 milhões no caso que investiga Bankman-Fried, que já havia sido preso antes sob acusação de ter roubado fundos de clientes

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Por Redação
Atualização:

AP- O fundador da plataforma de criptomoeda FTX, Sam Bankman-Fried, deixou uma sala de tribunal federal algemado na sexta-feira, 11, após um juiz distrital Lewis A. Kaplan revogar sua fiança depois de concluir que o investigado teria tentado repetidamente influenciar testemunhas contra ele.

Bankman-Fried abaixou a cabeça enquanto o juiz Lewis A. Kaplan explicava detalhadamente por que acreditava que ele havia constantemente ultrapassado os limites de seu pacote de fiança de US$ 250 milhões a ponto de Kaplan não poder mais garantir a proteção da comunidade, incluindo testemunhas dos procuradores, a menos que o homem de 31 anos estivesse atrás das grades.

Fundador do FTX Sam Bankman-Fried é acusado de fraude ao sistema financeiro norte-americano. Foto: Mike Segar/Reuters

Após o término da audiência, Bankman-Fried retirou seus pertences e entregou aos seus advogados. Em seguida foi conduzido para fora da sala de tribunal por agentes do governo.

Histórico

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Em dezembro, Bankman-Fried foi preso nas Bahamas sob alegações de que ele havia roubado fundos de clientes. Ele foi posteriormente extraditado para os EUA e se declarou inocente das acusações de que enganou investidores e roubou bilhões de dólares.

A ação judicial foi chamada de “uma das maiores fraudes financeiras da história”. As supostas violações de Bankman-Fried e outros executivos “causaram o colapso do Grupo FTX, em detrimento significativo dos clientes, credores e acionistas”.

Na decisão mais recente, os procuradores disseram que Bankman-Fried roubou bilhões de dólares em depósitos de clientes da FTX para financiar seus negócios e investimentos especulativos, fazer doações de caridade e gastar dezenas de milhões de dólares em doações ilegais de campanha a democratas e republicanos na tentativa de comprar influência sobre a regulamentação de criptomoedas em Washington.

Kaplan, o juiz do caso, disse que havia provas para acreditar que Bankman-Fried havia tentado “manipular testemunhas pelo menos duas vezes” desde sua prisão em dezembro, mais recentemente mostrando a um jornalista os escritos privados de uma ex-namorada e testemunha-chave contra ele, e em janeiro quando ele entrou em contato com o advogado geral da FTX com uma comunicação criptografada.

O juiz disse que concluiu que havia uma probabilidade de que Bankman-Fried havia tentado influenciar tanto as testemunhas do julgamento esperadas “e muito provavelmente outras cujos nomes nem sequer conhecemos” para fazê-las recuar, para que elas hesitassem em cooperar com o governo./Com informações AP

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