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Segmento de imóveis econômicos dá impulso para o crescimento

Cury conquista a vice e Plano&Plano sobe para 3º lugar, ambas mantendo o maior volume de projetos para baixa renda

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Atualização:

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - A Cury galgou posições nos rankings das Incorporadoras, Vendedoras e Construtoras, sagrando-se vice-campeã nas três categorias do 30.º Top Imobiliário, que premiou as empresas com os maiores volumes de lançamentos no mercado paulista durante 2022. Foram 16 novos empreendimentos, segundo a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). O número de apartamentos cresceu 22% (para 8,8 mil unidades) e o valor geral de vendas (VGV) subiu 47%, para R$ 2,2 bilhões.

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A atuação da Cury está totalmente concentrada nas regiões metropolitanas de São Paulo – que consumiu dois terços dos seus produtos – e do Rio de Janeiro. Somando as duas praças, a empresa bateu seu recorde com um VGV de R$ 3,3 bilhões em lançamentos no ano passado. O mesmo valor foi registrado para o total de vendas.

“Empreendimentos encaixados no programa MCMV em terrenos perto de trem, metrô e corredor de ônibus, que conectam a malha urbana com produtos de qualidade, é uma das razões de tanto sucesso”, declara o vice-presidente da Cury Construtora, Leonardo Mesquita.

De janeiro a março deste ano, foi a primeira vez que a Cury rompeu a marca de R$ 1 bilhão em vendas em um trimestre. Para Mesquita, a demanda por habitação de interesse social (HIS) continua pujante. “A localização privilegiada e produtos com boa aceitação fizeram nosso volume aumentar”, afirma.

No primeiro trimestre, a Cury lançou seis projetos em São Paulo, com valor global de R$ 1,42 bilhão – 82% acima do mesmo período do ano passado. Mesquita destaca o Energy Guarulhos, na Grande São Paulo, com VGV estimado em R$ 177 milhões.

“A novidade é que voltamos a Guarulhos em março, com o Energy, hoje 90% vendido”, diz, informando que, em abril, foram três novos projetos, incluindo o Guedala Park, com 1.100 unidades. “Muito bem localizado, na Avenida Francisco Morato, com fachada e área de lazer bem modernas.”

A Cury mantém seu mix de vendas concentrado nas faixas mais altas do programa MCMV, cujo teto atual é de R$ 264 mil. Uma fatia de 20% do total de produtos da marca fica acima desse valor.

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Em São Paulo, a curva de preços, segundo Mesquita, vai de R$ 200 mil até R$ 450 mil, que é o valor do imóvel de 3 quartos, com 56 m² e vaga de garagem, do recém-lançado Uniq. Este é um dos quatro condomínios do Cury Square Panamby, na zona sul, que também oferece opções com um e dois dormitórios, como o edifício Giovanni Gronchi, que tem lazer na cobertura.

Lazer na cobertura do Giovanni Gronchi, um dos quatro condomínios do Cury Square Panamby, que inclui o recém-lançado Uniq, de três quartos. Foto: Divulgação/Cury

“Com fachada ativa, um mall de 4 mil m² no térreo, e colado nas estações da Giovanni Gronchi”, diz Mesquita, ressaltando a “parte comercial forte” e conexão com trem e metrô, além do fácil acesso à Marginal Pinheiros.

Vendas

O progresso da construtora vem em conjunto com o avanço das operações da Cury Vendas. “É uma imobiliária exclusiva de todos os nossos lançamentos”, afirma Mesquita. Ele ressalta que a house trabalha com volumes que devem superar R$ 2,5 bilhões neste ano em São Paulo. “O seu crescimento possibilitou o nosso crescimento.”

Na cola da Cury, a Plano&Plano vem em 3.º lugar nos rankings de Incorporadoras e Vendedoras, ficando em 4.º na categoria das Construtoras. Voltada para segmentos de média e baixa renda, a empresa lançou 19 empreendimentos em 2022, crescendo 22% em unidades (para 7,8 mil) e 12% em VGV, para R$ 1,61 bilhão, segundo a Embraesp.

Portfólio

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Com atuação consistente no MCMV, tem como principal praça a capital de São Paulo e cidades da região metropolitana. No mix do seu portfólio, vem ampliando o volume de projetos para a classe média.

Rodrigo Luna, sócio fundador da empresa e presidente do Secovi, elogia o Pode Entrar, programa da Prefeitura da capital para combater o déficit habitacional. “Fomos agraciados com mais de 7 mil unidades. Esperamos que os contratos sejam assinados no 2.º semestre”, afirma. O prazo para conclusão das obras é dois anos. Em média, o preço unitário é R$ 189 mil. Foram 7.039 apartamentos selecionados, com VGV de R$ 1,33 bilhão.

A Plano& Plano comemorou o melhor primeiro trimestre da sua história.”Tivemos um crescimento muito forte”, declara Luna, apontando “o mesmo ritmo” para os meses seguintes. No período, as vendas, que somaram R$ 547 milhões, tiveram aumento de 47%, com 2.583 unidades negociadas. Os lançamentos dobraram em VGV, com R$ 530 milhões – contra R$ 267 milhões de janeiro março de 2022.

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Foram cinco novos empreendimentos. O preço médio dos lançamentos, que aumentou 19,4% em um ano, chegou agora a R$ 230,3 mil. Foi por conta da inflação e da subida dos custos”, afirma Luna, indicando que os produtos da Plano&Plano variam de R$ 179 mil até R$ 300 mil. “Vamos trabalhar com 20% a 30% de imóveis para classe média baixa, acima do MCMV.”

Entre os lançamentos, Luna destaca o Parque Novo Mundo, na Vila Maria, zona norte, com preço a partir de R$ 165 mil. Serão 1.442 apartamentos, dois dormitórios, em três torres, com VGV de R$ 275 milhões. Além da estrutura de lazer, tem cowoking, horta, minimercado, churrasqueiras e segurança 24 horas.

Com mais de 25 anos de experiência no mercado imobiliário, Luna viu muitas mudanças no setor durante as últimas três décadas. “Todas estão ligadas ao comportamento das pessoas e ao preço do imóvel”, diz, explicando que, antigamente, se produzia com áreas maiores e preços menores.

“Com terrenos mais escassos, plantas ficaram modernas e com mais qualidade para atender as famílias, com áreas de convivência, home office e lazer”, diz o empresário.

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