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Segundo maior diamante de todos os tempos, 2.492 quilates, é descoberto em Botsuana

A Lucara Diamond descobriu o segundo maior diamante do mundo na mina Karowe, em Botsuana, com uso da tecnologia de raios X Mega Diamond Recovery

Por Jennifer Hassan (Washington Post)
Atualização:

Uma pedra de 2.492 quilates descoberta em Botsuana é o segundo maior diamante já encontrado no mundo e o maior já recuperado na nação africana, de acordo com o governo de Botsuana.

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A empresa de mineração canadense Lucara Diamond descobriu a pedra preciosa e a considerou “excepcional” e de “alta qualidade” em um comunicado divulgado na quarta-feira, 21.

William Lamb, presidente e executivo-chefe da Lucara, disse que a empresa estava “extasiada” com a descoberta da pedra “extraordinária” depois que ela foi descoberta na mina Karowe, que é de propriedade total da empresa.

Lamb deu crédito à tecnologia de raios X que tem sido usada pela empresa desde 2017 para a detecção do diamante maciço, recuperado intacto.

O governo de Botsuana descreveu a descoberta como “preciosa” e anunciou que o presidente Mokgweetsi Masisi realizaria uma cerimônia de exibição na quinta-feira, 22. O governo disse que o diamante é o maior já recuperado em Botsuana.

Nesta quinta-feira, 22, em seu gabinete, o presidente de Botsuana, Mokgweetsi Masisi, apresentou o diamante gigante recentemente descoberto no país africano Foto: Monirul Bhuiyan/AFP

A maior pedra do mundo é o diamante Cullinan, de 3.106 quilates, encontrado na África do Sul em 1905. A pedra foi dividida em nove gemas maiores e quase 100 menores. Algumas das gemas estão entre as joias da coroa britânica.

Uma das gemas, Cullinan I — também conhecida como a “Grande Estrela da África” — é descrita como o maior diamante lapidado incolor do mundo pelo Royal Collection Trust da Grã-Bretanha. Em 1911, ela foi montada no Cetro do Soberano com Cruz. A pedra era tão grande que o cetro teve de ser reforçado para suportar seu peso.

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O cetro cravejado de joias foi carregado sobre o caixão da Rainha Elizabeth II em 2022 e usado em 2023 na coroação do Rei Charles III.

Os diamantes Cullinan tiveram grande destaque na elaborada cerimônia real — apesar de estarem atolados em uma história britânica nada lisonjeira. Antes da coroação, muitos sul-africanos pediram que as pedras fossem devolvidas, informou o The Washington Post.

Lamb disse que a descoberta da empresa representa “a riqueza inigualável encontrada no solo de Botsuana” e simboliza a “ascensão contínua do país do sul da África como líder global na produção de diamantes”.

Os diamantes do sul da África

Algumas das maiores pedras do mundo foram retiradas da mina de Karowe, incluindo o diamante Sewelo, uma pedra de 1.758 quilates descoberta em 2019. A gema, que até essa descoberta era reconhecida como o segundo maior diamante extraído do mundo, foi comprada pela gigante da moda francesa Louis Vuitton por uma quantia não revelada.

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Em 2015, um diamante de 1.111 quilates foi descoberto na mina de Karowe, medindo o tamanho da palma de uma mão humana. O diamante, conhecido como Lesedi La Rona, foi comprado por um joalheiro britânico dois anos depois, por US$ 53 milhões, informou a Associated Press.

O sul da África é um dos principais produtores de diamantes do mundo.

No mês passado, Botsuana propôs uma lei que exigiria que as empresas de mineração, uma vez concedida a licença, vendessem uma participação de 24% nas minas para investidores locais, a menos que o governo exerça sua opção de adquirir a participação acionária, informou a Reuters.

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