Empresa de infraestrutura para mobilidade humana, com atuação em diferentes modais e em diferentes estados brasileiros, a CCR apresentou durante o evento um painel exclusivo para tratar do tema “Segurança em Mobilidade – Os impactos para a população e parceiros”. A conversa teve a participação de Luís Valença, presidente da CCR Mobilidade, uma das divisões do grupo, e Francisco Pierrini, diretor-presidente da ViaQuatro e da ViaMobilidade, que operam a Linha 4-Amarela e a Linha 5-Lilás de metrô em São Paulo, também empresas do Grupo CCR. A mediação foi do jornalista Maurício Oliveira.
Os convidados ressaltaram que segurança sempre foi um valor organizacional para a CCR, e lembraram que o tema ganhou ainda mais relevância com o advento da pandemia de covid-19. As ações sanitárias para prevenção ao novo coronavírus se tornaram abrangentes desde o início da crise, voltadas à segurança dos passageiros e também dos parceiros – ou seja, os funcionários e os prestadores de serviços que suprem diferentes necessidades no suporte às atividades da CCR.
A empresa entende que a melhoria da infraestrutura é também uma importante contribuição à segurança. Um exemplo é a requalificação da Estação Santo Amaro de metrô em São Paulo, iniciada em 2020, maior obra prevista no contrato de concessão da Linha 5-Lilás. Consiste na ampliação da área de transferência que liga a estação Santo Amaro à Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e na construção de plataformas auxiliares. Para não causar transtornos ao público, os serviços de maior interferência estão sendo executados no período noturno, sem gerar impacto na operação da linha. Qualquer eventual alteração no serviço é sempre informada com antecedência, em notas à imprensa e nas redes sociais da ViaMobilidade.
Os trens da ViaQuatro são equipados com o sistema driverless, que permite a operação do trem sem a presença do condutor. A operação automática, inédita na América Latina, é considerada a mais segura do mundo – por isso, é adotada em diversos metrôs da Europa e da Ásia. As paradas e as partidas são automáticas, com a abertura e o fechamento das portas do trem sincronizados com a abertura e o fechamento das portas de plataforma das estações.
A Linha 4-Amarela foi a primeira na América Latina a entrar em funcionamento com divisórias de vidro separando a plataforma dos trilhos em todas as estações, iniciativa posteriormente ampliada para a Linha 5-Lilás. Essas portas impedem o acesso dos usuários aos trilhos, evitam quedas de objetos na via e outros acidentes. A barreira criada pelo equipamento também reduz o nível de ruído nas plataformas.
Mobilidade como serviço
Atualmente, a CCR conta com mais de 13,6 mil colaboradores e é responsável por 3.955 km de rodovias em seis estados, além de administrar aeroportos e serviços de transporte de passageiros em metrôs, Veículo Leve sobre Trilho (VLT) e barcas. Com as recentes aquisições das Linhas 8 e 9 concedidas pela CPTM e dos 15 aeroportos concedidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o número de pessoas que utilizarão diariamente os serviços de mobilidade operados pela companhia deverá ultrapassar 3,1 milhões.
“A CCR é uma empresa que conhece profundamente os setores em que atua”, diz Valença. “Temos trabalhado muito para fortalecer o conceito de mobilidade humana, o que significa estarmos atentos às necessidades das pessoas que transportamos. Para nossos clientes, esse conhecimento se traduz, entre outros aspectos, em segurança”, ele completa. Valença lembrou também, durante a conversa, que o grupo vem investindo em novas tecnologias para facilitar a integração dos modais e o planejamento dos trajetos pelos usuários, em sintonia com o conceito de “mobilidade como serviço” (conhecido pela sigla em inglês, MaaS). Uma dessas soluções inovadoras é o aplicativo Quicko, que ajuda a tornar as viagens mais eficientes, rápidas e seguras, além de proporcionar uma série de serviços adicionais aos passageiros.
Atuação essencial na pandemia
Valença lembrou que, durante a pandemia, mesmo com a redução no número de usuários, a CCR manteve a oferta dos serviços, essenciais para transportar os profissionais de saúde. Somente no primeiro trimestre de 2021, a CCR destinou R$ 8 milhões em atividades de combate à pandemia – o que envolveu, em associação com outras importantes empresas brasileiras, a doação para a construção da Fábrica de Vacinas do Instituto Butantan. Além disso, a CCR entregou cerca de 8,6 mil itens para alimentação e higiene pessoal (incluindo kits com álcool em gel) para caminhoneiros que transitam pelas rodovias administradas pelo grupo.
No metrô de São Paulo, novos procedimentos foram incorporados à rotina, conforme Pierrini descreveu em detalhes. “Diariamente, além da limpeza usual, todos os trens passam por um processo de nebulização de névoa seca, no qual são empregadas substâncias certificadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o combate a fungos, bactérias, germes e vírus, incluindo o coronavírus.”
As ações diárias de limpeza e desinfecção foram reforçadas nos locais de alto movimento de passageiros, como trens, elevadores, pisos, corrimãos, vidros, banheiros e catracas.
Desinfetantes que normalmente são utilizados em hospitais para a contenção de vírus passaram a ser utilizados no metrô para complementar a limpeza e a higienização. As concessionárias do Grupo CCR também aumentaram o número de colaboradores que atuam na limpeza.
Campanhas foram desenvolvidas para esclarecer os passageiros sobre as formas de contágio – iniciativa que se somou a várias outras que já fazem parte do cotidiano do metrô, em torno de temas como o uso consciente do elevador, o cuidado com as crianças nas plataformas e a prevenção a acidentes pelo uso de celular durante os deslocamentos pelas estações. Essa campanha sobre o celular foi concebida em 2017, após a constatação de aumento do número de colisões entre pessoas e também de quedas, especialmente na entrada e saída das escadas rolantes, por distração em decorrência da digitação ao caminhar.
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