Senado aprova novos diretores para o BC; indicações de Lula agora são maioria

Com a aprovação dos três novos diretores, a partir de janeiro as indicações do governo Lula serão maioria; restarão apenas dois nomes indicados pelo antecessor, Jair Bolsonaro

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Foto do author Victor Ohana
Atualização:

BRASÍLIA - O Senado aprovou nesta terça-feira,10, os três indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para serem os novos diretores do Banco Central a partir de janeiro. Os senadores confirmaram, com diferentes placares de votação, a aprovação de Nilton David (para a diretoria de Política Monetária), de Izabela Correa (para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta), e de Gilneu Vivan (para a diretoria de Regulação do Sistema Financeiro).

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Com as mudanças, a partir de janeiro as indicações do governo Lula serão maioria entre os nove integrantes. Restarão apenas dois nomes indicados pelo antecessor, Jair Bolsonaro: Diogo Guillen e Renato Gomes, ambos com mandato até o fim de 2025.

Os senadores aprovaram a indicação de Nilton José Schneider David para a diretoria de Política Monetária por 50 votos a 3 e uma abstenção. Com a aprovação, ele assume o cargo que hoje é ocupado por Gabriel Galípolo, que em janeiro assumirá a presidência do BC, sucedendo a Roberto Campos Neto, indicado por Bolsonaro.

Izabela Correa, Gilneu Vivan e Nilton David foram sabatinados em comissão do Senado nesta terça-feira, 10 Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O Senado aprovou por 48 votos a 3, e nenhuma abstenção, a indicação de Izabela Moreira Correa para a Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central. Ela substitui Carolina de Assis Barros, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro

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Ao colegiado, Izabela Correa disse que o Comitê de Política Monetária (Copom) tem “adotado as medidas necessárias e reiterado seu firme compromisso para a convergência da inflação à meta”.

O Senado aprovou, por 53 votos a 3, e nenhuma abstenção, a indicação de Gilneu Astolfi Vivan para a Diretoria de Regulação do Banco Central. Ele substitui Otávio Ribeiro Damaso, que também termina o mandato ao fim de dezembro.

A apreciação ocorreu após sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, ocorrida nesta terça-feira, 10.

O que faz cada diretoria

  • Política Monetária - Administra a execução dos instrumentos das políticas monetária e cambial para atingir a meta da Taxa Selic e para preservar o funcionamento regular dos mercados.
  • Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta - Coordena atividades relacionadas à cidadania financeira no Brasil, o relacionamento com a imprensa e o atendimento ao cidadão e aos Poderes Públicos, além de atuar pela prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, entre outras ações.
  • Regulação - Responsável por assuntos relacionados à área de regulação prudencial e financeira.

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Também foram indicados pelo presidente Lula os diretores Ailton de Aquino Santos (para a Diretoria de Fiscalização), Paulo Picchetti (para a Diretoria de Assuntos Internacionais) e Rodrigo Alves Teixeira (para a Diretoria de Administração).

Como fica a composição da diretoria do BC em 2025

  • Presidente: Gabriel Galípolo
  • Diretoria de Política Monetária: Nilton David
  • Diretor de Administração: Rodrigo Alves Teixeira
  • Diretor de Assuntos Internacionais: Paulo Picchetti
  • Diretor de Fiscalização: Ailton de Aquino Santos
  • Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução: Renato Dias de Brito Gomes*
  • Diretor de Política Econômica: Diogo Guillen*
  • Diretor de Regulação do Sistema Financeiro: Gilneu Vivan
  • Diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta: Izabela Correa

*Indicado pelo governo anterior, tem mandato até dezembro de 2025

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