Serasa Score passa a incluir dados bancários dos brasileiros na ferramenta; entenda o que muda

Atualização está disponível para todos os brasileiros a partir desta segunda-feira, 14, no site do Serasa

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Foto do author Beatriz  Capirazi
Atualização:

O Serasa lança nesta segunda-feira, 14, uma atualização do Score, sistema de pontuação de crédito da instituição que indica as chances de o consumidor pagar as contas em dia. Com a novidade, dados de contas bancárias poderão ser incluídos na análise do perfil de cada usuário.

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Dentre as novidades do anúncio, feito com exclusividade para o Estadão, as informações que passarão a ser incluídas são: saldo disponível, salário, limites de crédito, investimentos, transações bancárias, pagamentos e recebimentos, além de informações sobre cheque especial.

Anteriormente, as variáveis consideradas pelo programa eram compromisso com crédito (cadastro positivo), registro de dívidas e pendências, consultas ao CPF e evolução financeira.

Pontuação no Serasa Score vai de 0 a 1000 e avalia quão bom pagador é cada cidadão.  Foto: Serasa Experian

Com a mudança, a ideia é que o Serasa passe a conhecer melhor o comportamento financeiro do consumidor, tornando mais assertivo o cálculo e a composição do score de crédito, que vai de 0 a 1000. Quanto mais alta a pontuação, maior a probabilidade de conseguir crédito para empréstimos e outras transações financeiras.

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“O novo modelo permite que os brasileiros participem de forma ativa na construção do seu score, possibilitando um resultado mais preciso. Isso pode contribuir de forma efetiva para uma melhor avaliação pelas empresas no momento de conceder crédito”, explica a gerente do Serasa Score, Amanda Castro.

A atualização está disponível para os consumidores de todo o Brasil a partir das 10h da manhã desta segunda-feira, 14. Para permiti-la, basta autorizar a conexão bancária através do site do Serasa.

Até o momento, as empresas que estão disponíveis são: Nubank, Santander, Banco do Brasil, Itaú, Sicoob e Bradesco. Segundo o Serasa, a ferramenta que será disponibilizada com outras empresas já está em desenvolvimento.

A especialista explica que a adição das informações é opcional, mas que pode ser útil, especialmente para a avaliação de pessoas com pouco histórico de crédito ou financiamento, podendo melhorar ou ao menos manter a pontuação. O consumidor poderá avaliar o impacto em sua pontuação após 24h da conexão.

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Entretanto, vale lembrar que, a depender da gestão financeira do consumidor, a pontuação poderá oscilar ao longo do tempo, mesmo após a conexão feita — o que pode fazer com que o Serasa Score venha a reduzir os pontos que aumentaram, caso o comportamento financeiro altere.

Atualização está disponível para todos os brasileiros a partir desta segunda-feira, 14, no site do Serasa a partir das 10 horas da manhã  Foto: Fabio Motta/Estadão

Segundo o Serasa um Score “muito bom” se encontra entre 701. e 1.000 pontos, demonstrando uma alta probabilidade de honrar os seus compromissos de crédito. Entre 501 e 700, a pontuação do consumidor encontra-se na faixa considerada “boa”, seguida pelo “regular” (entre 301 e 500) e “baixa” (de 0 a 300).

Nova versão é ‘aliada’ do consumidor

Amanda destaca que a nova versão do Score deve se tornar um aliado do consumidor que busca por mais crédito, principalmente para brasileiros que estão iniciando sua jornada financeira — os jovens, por exemplo. Ou para pessoas que são ótimas pagadoras, mas com pouco uso de crédito, como quem usa dinheiro para pagamento ou nunca contratou um serviço de crédito.

“O Score é construído a partir de informações emitidas pelo mercado sobre determinada pessoa. Se o consumidor está iniciando sua vida financeira ou não tem histórico de crédito, a pontuação pode não refletir exatamente sua realidade”, afirma Amanda.

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O professor-doutor em finanças Joelson Sampaio, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirma que o score é uma das ferramentas mais usadas pelas instituições bancárias e, por isso, avanços nestas ferramentas são essenciais para acompanhar as próprias mudanças do mercado.

“Já melhorou muito, mas essa ferramenta precisa ser mais difundida. Conseguimos bons avanços nos últimos anos, mas ela ainda é pouco utilizada pelas famílias”, afirma. Para ele, a atualização deve ter um impacto positivo no uso, mas é preciso mais: “Ainda não é o suficiente. É preciso uma divulgação maior, conscientização da população, além de, claro, educação financeira”.

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