Ainda mais agora, que o Brasil entrou de vez na rota das grandes empresas globais, todas de olho no nosso mercado interno. O salto impulsionado pelo crescimento econômico dos anos pré-crise trouxe milhões de pessoas à condição de compradores de produtos e serviços.
Várias multinacionais correm para se instalar no País e as que aqui já estavam trataram de reforçar seus negócios na região. Para enfrentar a concorrência externa, as empresas nacionais também tiveram de se mexer.
Só que toda essa efervescência encontrou um gargalo: a falta de qualificação profissional dos brasileiros. Os que se destacam são disputados pelas empresas que oferecem, além de bons salários, um amplo leque de benefícios.
Uma tendência crescente é oferecer um plano de previdência complementar aos funcionários. Segundo dados da Fenaprevi (federação das empresas do setor), há três anos, eram 165 mil os planos de previdência empresariais (dos abertos, tipo PGBL) quantidade que passou para mais de 245 mil no início de 2012.
Os planos de previdência complementar corporativos são iguais aos PGBL/VGBL individuais que qualquer pessoa que tenha conta em banco conhece. Todo mundo já recebeu (ou ainda receberá) do gerente da agência a proposta de investir em um plano desses.
A diferença é que o plano corporativo é criado pela empresa, que escolhe se este será do tipo instituído ou averbado. O primeiro caso é a melhor opção para o funcionário: a empresa faz aportes proporcionais ao valor depositado pelo empregado, que terá sua contribuição descontada em folha. No modelo averbado, a empresa apenas cria o plano, mas as contribuições são feitas somente pelo empregado. Assim, antes de aderir, ele deve avaliar as condições para ver se são mais vantajosas em relação à aplicação em um plano individual.
Segundo especialistas, os planos instituídos são muito interessantes e quem não adere, na verdade, perde dinheiro. Em uma conta simples, se a empresa contribuir com R$ 100 em nome do funcionário durante cinco anos, ele terá recebido cerca de R$ 7 mil a mais, isso sem considerar os ganhos financeiros e com o abatimento no Imposto de Renda.
Então, fique atento, se no passado o hoje obrigatório plano de saúde era um diferencial, agora as empresas precisam ampliar os atrativos para contratar, reter e estimular seus colaboradores. Isso tudo, claro, se quiserem crescer e prosperar.
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