O presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, afirmou que um dos pontos mais importantes sobre o show da cantora Madonna no Rio de Janeiro, patrocinado pelo banco, foi o impacto econômico para a cidade. O show foi parte das comemorações dos 100 anos do Itaú, que serão completados em setembro.
“Como presente e como celebração, nós ficamos muito felizes. Mas mais importante sobre o show é o impacto econômico para o Rio”, disse ele em entrevista à imprensa para comentar os resultados do banco no primeiro trimestre.
O show de Madonna reuniu cerca de 1,6 milhão de pessoas na praia de Copacabana no último sábado, 4, de acordo com estimativas das autoridades do Rio. Cálculos apontam que o movimento gerado pela apresentação, em setores como os de turismo e serviços, ficou em torno de R$ 300 milhões.
A apresentação encerrou a turnê de comemoração dos 40 anos de carreira da cantora, e entrou para o ranking dos maiores shows já realizados por um artista solo em todo o mundo. Não houve cobrança de ingressos, e os custos foram divididos entre o Itaú, que foi o principal patrocinador, e outras empresas privadas. Houve ainda aportes da prefeitura e do governo do Rio para questões estruturais.
Foram gastos no evento cerca de R$ 59,9 milhões, segundo planilha enviada pela produtora Bonus Track ao governo do Estado do Rio de Janeiro. Esse valor foi pago, em sua maior parte, por marcas patrocinadoras. A prefeitura da cidade investiu R$ 10 milhões, mesmo valor investido pelo governo do Estado. Não foram gastos recursos do governo federal para a apresentação.
Segundo informação do governo fluminense, aproximadamente 150 mil turistas nacionais e internacionais estiveram no Rio de Janeiro no último fim de semana. Esse volume fez o setor hoteleiro chegar a 96% de ocupação.
“Quisemos fazer algo para a população, a ideia de um evento gratuito vem daí. Queríamos dar para o País um show da relevância da Madonna”, disse Maluhy. O executivo afirmou que o conteúdo do show foi de decisão da artista, sem interferências por parte do banco.
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