Brasil não pode ter preconceito ao tratar de importação de energia da Venezuela, diz ministro

Possível retomada da importação visa atender Roraima; Alexandre Silveira, de Minas e Energia, defendeu comprar energia ‘limpa, renovável e barata na América do Sul’

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SÃO PAULO E BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o País não pode ter preconceito ao tratar da importação de energia elétrica da Venezuela para atender o Estado de Roraima, único do Brasil ainda não conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

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Aos senadores, ele afirmou que, pelo que era de seu conhecimento, a interrupção do fornecimento pelo país vizinho se deu “exclusivamente por questões ideológicas” durante o governo anterior, do presidente Jair Bolsonaro, por conta do rompimento diplomático entre os dois países.

“Os investimentos no retrofitamento (sic) da linha de transmissão de Guri a Roraima são recursos possíveis de serem enquadrados dentro de um custo benefício da energia muito menor do que o brasileiro paga hoje”, disse em referência à ligação com a hidrelétrica venezuelana utilizada para a operação.

Silveira destacou que a discussão sobre a retomada da importação se dá considerando a capital do estado, Boa Vista, já interligada ao SIN pelo linhão de Tucuruí, cujas obras serão iniciadas neste ano, declarou, num contexto de segurança energética.

Segundo Silveira, atendimento a Roraima custa R$ 1 bilhão por ano aos consumidores de todo o Brasil por meio da Conta de Consumo de Combustíveis Foto: Ibama/Divulgação

Silveira lembrou ainda que o atendimento ao estado, como se dá hoje, custa R$ 1 bilhão por ano aos consumidores de todo o Brasil por meio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), embutida na conta de energia.

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Silveira defendeu ainda que haja investimentos fora do País desde que se tenha “garantia de fornecimento e custo benefício e preço que nos garantam fornecimento e nos tornem competitivos internamente” em referência a defesa que fez relacionada ao gás natural de Vaca Muerta, na Argentina.

“Por uma questão de segurança energética, onde tiver energia limpa, renovável e barata na América do Sul, nós temos que trazer para o Sistema Interligado Nacional”, reforçou.

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