Sinqia destoa do setor de tecnologia e aumenta margem de lucro em 2022

Empresa de tecnologia bancária teve crescimento de mais de 70% na receita e de mais de cinco pontos percentuais no lucro, no ano passado

PUBLICIDADE

Publicidade
Foto do author Lucas Agrela

A empresa de tecnologia bancária Sinqia anunciou nesta quinta-feira, 9, crescimento de 74,8% na receita em 2022, ante 2021. O número foi de R$ 509,4 milhões para R$ 616,5 milhões. O resultado reforça a trajetória de crescimento consistente da companhia, que teve alta de 61% na receita de 2020 para 2021.

PUBLICIDADE

Emerson Faria, diretor de relações com investidores da Sinqia, diz que a empresa fez aquisições que melhoraram a margem de lucro (Ebitda) do negócio em 2022, como NewCon e Lote45. A margem foi de 20%, em 2021, para 25,6%, no ano passado. O Ebitda foi de R$ 157,6 milhões em 2022, aumento anual de 123,4%.

“Nosso modelo de negócios é bem diferente das demais empresas de tecnologia. Muitas trabalham com pessoas físicas e ficam sujeitas aos juros e à inflação, enquanto nós trabalhamos com instituições financeiras. Não temos nem mil clientes, e isso não é ruim, pelo contrário”, diz.

Emerson Faria, diretor de RI da Sinqia, diz que empresa fez aquisições que melhoraram a margem Ebitda do negócio Foto: Anna Carolina Negri/Sinqia/Divulgação

O balanço da Sinqia destoa do setor bancário, que foi impactado pelo aumento da inadimplência em 2022, em razão da alta da inflação e da taxa de juros.

Publicidade

A empresa ainda reduziu do terceiro para o quarto trimestre o endividamento de 1,8x para 1,5x o lucro. Com isso, a Sinqia é uma rara empresa de tecnologia que teve um bom ano em 2022, quando ações de empresas como Meliuz, Dotz e Enjoei tiveram quedas acentuadas na B3.

Com 77 mil acionistas na Bolsa, a empresa é listada há dez anos e é vista por analistas como uma ação de crescimento, por pagar o mínimo de dividendos exigido por lei. Segundo Faria, a estratégia deve se manter por ao menos quatro anos porque a companhia investirá na ampliação dos negócios para, depois, remunerar mais os acionistas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.