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4 dicas para lideranças cuidarem da saúde mental e física

Segundo especialista, o equilíbrio do corpo e da mente depende da execução de fatores, que são simples, mas exigem esforços

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Foto do author Jayanne Rodrigues
Atualização:

Em um mundo onde a saúde mental no mercado de trabalho se torna cada vez mais importante, surge uma questão vital: como garantir um ambiente psicologicamente seguro quando os próprios líderes lutam para se manter bem? A resposta não é simples e requer uma abordagem multifacetada, um compromisso tanto individual quanto das empresas.

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Esse compromisso, explica o consultor e head de psicologia da Vittude, Luckas Reis, passa pela necessidade de reconhecer que problemas de burnout ou sofrimento psíquico não são apenas uma questão individual, mas têm raízes profundas nas práticas e expectativas organizacionais.

“A alta demanda de trabalho é uma situação multifatorial. Ela nunca é só uma falta de competência ou organização da liderança”, diz.

Para Simone Nascimento, especialista em saúde mental nas organizações, cinco fatores estão diretamente interligados na garantia da saúde física e mental.

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Veja a seguir um passo a passo com ações simples para evitar esgotamento no trabalho:

1. Cuidado com o sono

Um dos pontos primordiais para manter o bom funcionamento do corpo e da mente é o cuidado com a qualidade do sono.

“Se você não dorme as horas adequadas, começa a afetar o seu sistema nervoso central. A negligência com o sono acaba impactando tudo, até a criatividade”, explica a especialista. A falta de preservação do sono impacta nos níveis de estresse, ansiedade e depressão.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda no mínimo 7 horas de sono entre os 18 e os 64 anos.

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Preparar o ambiente, evitando luzes fortes algumas horas antes, pode acelerar a chegada do sono. O uso de celular deve ser evitado. Criar a rotina é uma alternativa para quem sofre de insônia.

Sono, alimentação, atividade física e relacionamentos interpessoais, são fatores primordiais para o alinhamento da saúde mental e física, avalia a especialista em saúde mental nas organizações, Simone Nascimento.  Foto: ink drop/Adobe Stock

2. Relacionamentos interpessoais

Outro fator que colabora para o adoecimento mental é o descuido com relacionamentos, seja dentro ou fora do trabalho. Segundo Nascimento, quando as pessoas não conseguem desenvolver um vínculo com núcleos familiares e de amizade, podem surgir outros problemas relacionados à saúde mental.

“Quando você não consegue aproveitar sua família e seus amigos, isso vira um fator de adoecimento”, afirma.

3. Prática de atividades físicas

Pessoas que ocupam cargos de alta gerência costumam ter uma rotina corrida. Em alguns casos, são poucas brechas ou quase nenhuma voltada à vida pessoal. Deixar a movimentação do corpo em segundo plano pode trazer consequências a curto e longo prazo.

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Além de indisposição e maior dificuldade para realizar atividades simples do dia a dia, a falta de exercícios físicos aumenta as chances de doenças crônicas, inclusive a psíquica, afirma a especialista.

É orientado, pelo menos, fazer 150 a 300 minutos de atividade aeróbica, como caminhada, por semana para pessoas adultas, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Na prática, isso significa cerca de 40 minutos de prática física por dia.

4. Alimentação equilibrada

“As pessoas fisicamente saudáveis produzem muito mais. Então, quando você consegue ter pessoas que estão satisfeitas, o seu produto melhora porque aquela pessoa está trabalhando melhor”, ressalta Simone Nascimento.

A especialista pondera que a alimentação não tem a ver somente com peso corporal, mas está conectada a nutrição, imunidade, foco, concentração e disposição.

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“O desânimo, a fadiga, a falta de concentração e de disposição que nos acometem às vezes, podem estar diretamente ligados ao que tem no nosso prato. Pensar a alimentação de forma cuidadosa reflete na longevidade e em todos os aspectos da nossa vida.”

Não vai ser mais possível falar em trabalho sem citar a qualidade de vida.

Simone Nascimento, especialista em saúde mental nas organizações

Conforme a especialista, por mais que o dia esteja corrido, o ideal é evitar pular refeições e matar a fome com alimentos embutidos. No lugar disso, incluir alimentos integrais de origem vegetal, pois auxiliam na prevenção de doenças como diabete tipo 2, doença arterial cardiovascular, derrame e câncer.

“Esses quatro pilares (sono, relacionamentos, exercícios e alimentação) são altamente eficazes porque conseguem prevenir 70% de todos os tipos de doença crônica. É fazer atividade física, dormir direitinho, encontrar as pessoas de que gosta e comer bem. Existia uma época em que era bonito falar: ‘nossa, virei a noite trabalhando.’ Começamos a perceber que além de não ser bonito, é nocivo”, completa.

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