Ao lado dos Estados Unidos, o Canadá costuma ser um dos destinos mais desejados por profissionais que querem viver fora ou turbinar o currículo com uma experiência internacional. Com o déficit de profissionais qualificados, o País está abrindo as fronteiras para quem atua em determinados setores. O objetivo do governo canadense é contratar 1,4 milhão de imigrantes, incluindo brasileiros, até 2025 para suprir a alta demanda por trabalhadores.
Entre as profissões em alta, segundo o especialista em imigração Ed Santos, estão construção civil, TI, marketing, área de logística, saúde e design. O salário médio dessas profissões varia entre $CAD 70 mil/ano até $CAD 150 mil/ano.
Ele explica que para conquistar uma vaga, o primeiro passo é entender em qual contexto você irá para o País. Se o interesse em estudar e depois trabalhar no Canadá, o caminho é um. Se está no Brasil e quer obter a autorização para atuar em sua área, terá outros desafios pela frente.
“As pessoas precisam entender que o canadense é muito prático e assertivo”, explica Santos. Hoje, o que as empresas buscam são profissionais obviamente qualificados, mas que também conheçam o mercado canadense e se adaptem rapidamente.
“No País tem um ditado interessante que diz: o candidato tem 10 segundos para vender seu produto, ou seja, se conseguir “vender” sua experiência em 10 segundos para o recrutador – através da apresentação de seu currículo - há grandes chances de conseguir uma entrevista de emprego”, diz.
O especialista também destaca a importância dada às habilidades socioemocionais, também conhecidas como soft-skills, no Canadá. A busca por profissionais flexíveis, comunicativos e preocupados em agregar a equipe é cada vez maior e têm se tornado pré-requisito para conquistar uma vaga nas empresas locais.
Santos também é o organizador da ExpoCanadá, feira de estudo e trabalho para os interessados em imigrar para o País norte-americano. O evento é gratuito e irá acontecer no próximo sábado, 11, em São Paulo; domingo, 12, em Curitiba; e terça-feira, 14, em Campo Grande.
Vagas exclusivas para brasileiros
Mesmo sendo a segunda província mais populosa do Canadá, atualmente Quebec também quer preencher milhares de vagas de trabalho disponíveis e que hoje não têm profissionais qualificados para preenchê-las.
Criada pela Quebec International em parceria com o Ministério da Imigração, da Francisação e da Integração (MIFI), o programa Journées Québec Brésil é um projeto de recrutamento específico para profissionais qualificados brasileiros que queiram atuar na região.
Para este ano, a iniciativa pretende recrutar 427 trabalhadores para 15 empresas na Quebec. As vagas estão distribuídas nos setores alimentício (42), engenharia (8), industrial (52), manufatura (30), mineração (14), saúde e serviços sociais (200), tecnologia da informação (61), hotelaria e restaurantes (20).
De acordo com Elisa Rinco, diretora de mobilidade internacional da Quebec International, os canadenses têm uma visão muito positiva em relação ao Brasil. A facilidade de adaptação à sociedade quebequense, experiências pertinentes e a facilidade que o trabalhador costuma ter para aprender o idioma da região são os pontos que mais atraem as empresas a se conectarem com os brasileiros.
LEIA TAMBÉM
Para participar do processo seletivo, é preciso criar um perfil na plataforma e se aplicar inscrever nas vagas de acordo com o seu perfil profissional, levando em consideração a formação e experiências profissionais, lembrando que o conhecimento básico em francês é muito importante e o nível de fluência irá variar de acordo com a vaga. Acesse o site da iniciativa no link.
Outra opção para quem quer uma opção no Canadá - ou outros países - é a Feira de Intercâmbio CI Experience, que ocorre no dia 18 de março, em São Paulo, com entrada gratuita. O evento será no hotel Tivoli Mofarrej e contará com a presença de 72 expositores de mais de 15 países. Além de palestras, os visitantes também têm a oportunidade de ganhar bolsas de estudos e participar de promoções exclusivas e descontos de até 40% no valor de alguns cursos de idiomas. Confira a iniciativa no link.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.