Os cinco funcionários da podcaster Déia Freitas, 49, criadora do “Não Inviabilize”, programa de histórias reais em áudio, foram presenteados com apartamentos de dois quartos, cada um avaliado em R$ 230 mil. A empresária anunciou a novidade em sua conta no X, antigo Twitter. Em entrevista ao Estadão, Déia afirmou que economizou por três anos para realizar o objetivo pessoal.
Os cinco funcionários que ganharam os apartamentos recebem um salário de R$ 10 mil. O trabalho é 100% remoto e segue o modelo de semana de quatro dias, de segunda a quinta-feira. Os funcionários estão espalhados pela capital paulista, interior de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.
A maioria atua na empresa desde 2021. Alguns optaram por apartamentos com valores superiores a R$ 230 mil e assumiram a diferença. Outros escolheram moradias com preços mais baixos.
Eles estão recebendo porque merecem. Não estou fazendo porque sou boazinha, fiz porque realmente são bons funcionários e estão participando da empresa.
Déia Freitas, fundadora do pocast 'Não Inviabilize'
Todos os colaboradores são registrados com carteira assinada, incluindo o passeador de cachorros contratado recentemente pela empresária.
Com mais de 3 milhões de ouvintes mensais e mais de 252 milhões de reproduções, o programa lançado em 2020, é considerado o maior de sua categoria no Brasil. A receita do negócio vem principalmente das publicidades e dos assinantes do podcast, afirma Déia.
A empresária ressalta que o volume de publicidade aumentou após se associar à produtora BPIdeias. Déia Freitas também comanda o primeiro spin off do ”Não Inviabilize”, o programa em áudio “Histórias da Firma”, um original da Amazon Music.
Segundo ela, um dos motivos para tornar pública a doação dos imóveis foi fazer com que sua iniciativa servisse de inspiração para outras pessoas.
Quis mostrar que, se eu posso me organizar trabalhando com internet, outras empresas, inclusive bilionários banqueiros, também podem.
Déia Freitas
Confira a divulgação da doação abaixo:
Muitos internautas comentaram na publicação que a iniciativa é o verdadeiro exemplo de “CLT Premium”, movimento criado nas redes sociais para evidenciar benefícios extras.
No entanto, Déia Freitas argumenta que o termo pode ser problemático porque sugere que está oferecendo algo a mais do que o que os funcionários merecem. Ela enfatiza que os benefícios proporcionados são uma forma de reconhecer e recompensar o bom trabalho dos funcionários
Após a repercussão da notícia, apesar de a maioria dos comentários ser positiva, a empresária enfrentou críticas de pessoas que a acusaram de mentir. “Pago todos os meus impostos, não escondo nada de ninguém”, rebateu nos comentários.
Uma das funcionárias presenteadas saiu em defesa da empresária. “A equipe toda do ‘Não Inviabilize’ está com a sua casa própria”, afirmou Camila Rocha, social media do podcast. Veja o comentário:
Podcaster defende divisão dos lucros
A empresária defende a divisão dos lucros com seus funcionários e comenta que, apesar de a iniciativa ter sido bem-sucedida, é importante não criar expectativas irreais para outros empreendedores sobre suas responsabilidades com os funcionários.
“É importante deixar claro que ganhar dinheiro na internet, como é o meu caso, não é uma realidade comum para todos os empreendedores médios no Brasil”, alerta.
Além dos direitos básicos assegurados pela CLT, que incluem férias remuneradas, 13º, FGTS, aviso prévio, licença-maternidade, vale-refeição e seguro-desemprego, Déia oferece benefícios extras como viagens e bônus em dinheiro para os funcionários.
No momento, a empresária não está fazendo novas contratações.
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