O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos informou, nesta sexta-feira, 3, que a lista de espera para o Concurso Público Nacional Unificado, conhecido como “Enem dos Concursos” será formada por 13 mil pessoas. As provas estão previstas para o próximo domingo, 5, e estão mantidas mesmo no Sul, região atingida pelas fortes chuvas dos últimos dias.
As 2,1 milhões de pessoas inscritas no concurso disputam 6.640 vagas disponíveis em 21 órgãos da administração pública. A divulgação do resultado está prevista para o dia 30 de julho e as contratações, para agosto.
Assim como ocorre no Enem, o Concurso Público Nacional Unificado permitiu ao candidato escolher a ordem de preferência para os cargos que deseja ocupar. A justificativa, segundo o ministério, foi a de ampliar as chances de aprovação.
Pelos critérios informados pelos organizadores, após o preenchimento das 6.640 vagas, será criada uma lista de espera, também chamada de banco de candidatos.
Como funciona?
O cálculo para saber a ordem da lista dos aprovados e a de espera obedece a soma das notas nas provas objetivas, discursivas e, quando houver, provas de títulos. O cálculo inclui também as vagas reservadas para negros, indígenas e pessoas com deficiência.
O número de 13 mil no banco de candidatos é o dobro da quantidade de vagas disponíveis. Ou seja, para cada candidato aprovado, existirão outros dois na lista de espera.
Segundo o ministério, mesmo que o candidato não consiga atingir a pontuação necessária para passar em sua primeira opção, ele poderá, se atingir a nota mínima, entrar em sua segunda escolha.
Mesmo contratado na segunda opção, o nome do candidato permanece na lista de espera para o cargo da primeira opção escolhida. Isso é possível porque cada um dos 90 cargos oferecidos pode ter um ranking diferente de notas.
“Dependendo da sua nota, você poderá estar apto a ocupar a vaga que você indicou como preferencial ou as seguintes. Sua nota pode ser baixa para a vaga de preferência, mas pode ser suficiente para a segunda vaga”, explica Pedro Assumpção Alves, assessor do Gabinete da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) do ministério, em nota.
Com esse esquema, é possível ao candidato ser contratado inclusive para a sua terceira vaga de preferência. Seu nome também continuará a constar na lista de espera tanto de sua primeira opção, quanto da segunda. Com isso, poderá ocupar posições melhores futuramente.
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Temporário
Novas convocações poderão ser feitas a cada seis meses, até os próximos dois anos (24 meses). Isso dependerá da necessidade de cada órgão.
Os candidatos que tiverem o seu nome na lista de espera também poderão ser chamados para assumir vagas temporárias no serviço público federal. Ainda assim, seu nome permanecerá na lista de espera para vagas efetivas.
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