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Foi promovido a chefe e ficou meio perdido? 4 dicas para novos líderes decolarem na carreira

Especialistas dão sugestões para evitar erros em uma ‘liderança de primeira viagem’

Foto do author Jayanne Rodrigues

Você foi promovido, acabou de assumir um cargo de liderança e está meio perdido? Não existe receita ou fórmula para se tornar um bom líder. O chefe do futuro não precisa ser um especialista em tudo. Mas é necessário investir tempo para criar conexões mais reais com as pessoas e ter um repertório de mundo mais amplo.

Aqui estão dicas reunidas por especialistas para pessoas que se tornaram líderes e ainda estão inseguras sobre o que fazer:

1. Seja claro e deixe os funcionários falarem livremente

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Ter clareza para dizer os erros, acertos e as possíveis melhorias é importante, mas não é suficiente para estabelecer uma comunicação eficaz. Por isso, a habilidade para saber ouvir e compreender as ideias do outro é fundamental, sendo preciso que o interlocutor se sinta à vontade para se comunicar.

“Acredito muito em um ambiente de trabalho em que haja segurança psicológica, garantindo que todos os colaboradores possam expressar suas ideias e sugestões sem o receio de serem repreendidos ou até mesmo ridicularizados”, avalia Daniella Brissac, vice-presidente de marketing da Kenvue, antiga área de saúde do consumidor da Johnson & Johnson.

Os desafios dos chefes novatos estão em equilibrar a produtividade e a saúde mental dos colaboradores. Isso porque, comunicação com ruídos pode gerar informações mal interpretadas, afetar as relações e causar barreiras de progresso das equipes.

“A comunicação eficaz é vital para ganhar confiança, alinhar esforços na busca de objetivos e inspirar mudanças positivas”, afirma Brissac.

2. Seja você mesmo, sem máscaras

Uma chefia que prioriza a autenticidade é aquela que se conecta com o time, entende profundamente o que é ter diversidade e se preocupa em ter uma equipe plural.

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“Ser um líder autêntico não é sobre autopromoção, é sobre o time que a liderança gerencia. Então, a chefia está ali para servir”, diz Giuliana Tranquilini, autora do livro “Sua Marca Pessoal” e sóciafundadora da BetaFly, consultoria especializada em marcas pessoais.

Outra característica importante é identificar valores, propósitos e habilidades que o tornam uma liderança diferenciada.

“A autenticidade é ser você da maneira mais genuína. É a forma em que você deveria se apresentar ao mundo. Mas ainda vemos muitas máscaras, principalmente no mundo corporativo”, declara Tranquilini. Ela diz que a inteligência emocional é uma aliada das lideranças desde que seja desenvolvida para além do superficial. Por exemplo, os líderes costumam só falar em inteligência emocional, mas não a praticam no dia a dia.

Para especialistas, a liderança de primeira viagem precisa ter a habilidade de saber ouvir e compreender as ideias da equipe que gerencia. Foto: Adobe Stock/Reprodução

3. Mostre quem você é e por que faz a diferença

É preciso se destacar e deixar sua marca pessoal no trabalho. Qual o seu diferencial? Um jeito de mostrar isso é apresentando as causas que defende e temas relevantes para os debates.

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“Marca pessoal não é autoexposição. É muito melhor você ser interessante do que ser interesseiro. Então, a marca pessoal agrega valor, te permite fazer conexões verdadeiras”, explica Tranquilini.

A nova liderança pode partir de três questionamentos básicos em busca da marca pessoal:

  • Quem é você?
  • Qual é o seu posicionamento?
  • Qual é o diferencial que você tem no mercado e como comunica isso para o seu público?

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Na prática, se antes um líder tinha a imagem diretamente ligada à marca empresarial do local em que trabalhava, agora a tendência é de que a pessoa seja associada à sua relevância profissional.

A ideia é que a saída de uma empresa não traga impacto para a identidade e autoestima profissional do gestor. Segundo Tranquilini, as marcas pessoais passam a ter um grau de importância assim como as marcas corporativas.

4. Você não sabe tudo, e vai aprender sempre

A capacidade de liderar em um ambiente cada vez mais dinâmico e complexo é outro desafio, seja no modelo remoto ou presencial.

Daniella Brissac, da Kenvue, reforça que alcançar um cargo de liderança não significa deter todo o conhecimento.

“É muito importante termos uma mentalidade voltada ao aprendizado contínuo, buscando sempre novas referências, opiniões e caminhos diferentes daqueles habituais”, sugere.

Giuliana Tranquilini afirma que o ambiente corporativo também precisa estar aberto para equipes de diferentes idades.

“O próprio jovem que já está inserido nesse mundo digital vai ter que reaprender o tempo inteiro porque muitas coisas vão mudar. Temos que entender que somos eternos aprendizes vivendo em constante aprendizado.”

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