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5 habilidades essenciais para ser um líder do futuro e como estudar para chegar a elas

Cursos são um ótimo caminho para quem quer liderar num novo mundo corporativo, mas é importante analisar o programa e buscar por experiências práticas

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Foto do author Geovanna  Hora

RESUMO: Os líderes do futuro precisam desenvolver habilidades técnicas e emocionais, como pensamento crítico, sistêmico e estratégico, além de aprender a lidar com novas formas de trabalho e opiniões divergentes. A educação executiva pode ajudar, mas é necessário analisar se o programa está de acordo com as exigências do mercado, além de avaliar se há alinhamento entre os ideais da instituição e do aluno. O ideal é que o executivo busque integrar os estudos com experiências práticas.

Este conteúdo faz parte da série de reportagens do Estadão sobre educação executiva.

Cinco habilidades essenciais para os líderes do futuro

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Quem quer ser um líder do futuro precisa desenvolver tanto habilidades técnicas quanto emocionais.

Para Silvio Laban, diretor de Educação Executiva e Pós-Graduação Lato Sensu do Insper, a principal mudança em relação ao perfil exigido atualmente será a preocupação cada vez maior com os impactos sociais e ambientais da empresa.

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As características fundamentais para esses profissionais são:

1) Pensamento crítico: as opções disponíveis para a realização de inúmeros processos crescem a cada dia, o que exige que o executivo seja capaz de analisar de forma crítica o que funciona ou não para a empresa.

Algumas mudanças podem não ser adequadas, mas o apego ao passado também é perigoso. É fundamental desenvolver uma visão crítica para analisar qual a melhor solução para cada situação.

Silvio Laban, diretor de Educação Executiva e Pós-Graduação Lato Sensu do Insper

2) Pensamento sistêmico: o profissional precisa enxergar como as pequenas decisões vão impactar o sistema de trabalho como um todo, especialmente a médio e longo prazo.

3) Pensamento estratégico: é importante estar preparado para lidar com um alto volume de informações e saber analisar cada uma de maneira estratégica antes de tomar decisões.

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4) Aprender a desaprender: o executivo deve estar disposto a aprender novas formas de realizar as tarefas e abrir mão de antigos conceitos.

5) Lidar com diversidade: é preciso se preparar para lidar com equipes de opiniões, características e vivências diversas.

Por muito tempo, as empresas buscaram por grupos similares, mas as organizações entendem cada vez mais que a diversidade ajuda a ter sucesso. Dificilmente algo diferente ou inovador vai ser criado por quem faz sempre a mesma coisa.

Silvio Laban

Líder do futuro precisa mesclar habilidades emocionais e técnicas.  Foto: patpitchaya - stock.adobe.com

Quais cursos ajudam a desenvolver essas habilidades?

Os programas de educação executiva podem ajudar, mas é importante analisar se a grade oferece conteúdos voltados para:

  • Desenvolvimento dos pensamentos crítico, sistêmico e estratégico: segundo Laban, é importante buscar por aulas técnicas, como finanças, tecnologia e marketing, mas que sejam planejadas para estimular as habilidades emocionais.
  • Trabalho em equipe: o ideal é buscar por grupos diversos, para ter contato com diferentes visões. Jorge Kraljevic, sócio-fundador da Signium Brasil, consultoria especializada na contratação de alto escalão, afirma que ambientes desafiadores são essenciais para estimular o desenvolvimento de um líder.

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Toda troca é importante, mas, se essas discussões te colocarem em um cenário novo e fora da zona de conforto, o ganho é muito maior.

Jorge Kraljevic, sócio-fundador da Signium Brasil

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  • Análise de dados: investir em cursos que ensinam não só a interpretar os dados, mas também a transformá-los em ações é um passo importante. Laban destaca que o profissional pode optar por programas mais curtos com foco na área, se a falta de tempo for um problema.
  • Avaliação de contextos: as aulas devem preparar os profissionais para lidar com diferentes contextos, seja por meio de simulações ou análises de casos reais. O mais importante é desenvolver a capacidade de adaptar as suas decisões a diferentes circunstâncias.

Veja na tabela abaixo o que procurar no curso para ser o líder do futuro:

Qual a melhor instituição para quem quer liderar?

Laban explica que, antes de definir o curso, o primeiro passo é escolher onde cursar, já que programas semelhantes podem ter abordagens diferentes - depender da visão da instituição. Ele aponta que é importante:

  1. Entender se os ideais da entidade estão alinhados aos do profissional, para evitar frustrações.
  2. Analisar o currículo e a metodologia dos professores.
  3. Procurar por ex-alunos para avaliar qual momento da carreira eles viviam quando fizeram o curso e como isso impactou a trajetória profissional.

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A maioria das instituições brasileiras possui grupos de ex-alunos. Você pode entrar em contato com eles para conhecer melhor o programa. Confira as páginas oficiais de alumni de algumas dessas organizações: FGV, FDC, FIA e Insper.

O que o mercado exige?

A educação executiva pode ajudar quem pretende se tornar um líder do futuro, mas deve ser associada à experiência prática, avalia Jorge Kraljevic. Ele afirma que o estudo mostra disposição para se reinventar, mas que o profissional precisa mostrar que sabe aplicar o conhecimento.

Antes de escolher o curso, responda a essas três perguntas:

  1. Quais são os seus objetivos?
  2. Quais são as suas principais habilidades?
  3. Quais são as suas fraquezas?

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Kraljevic acredita que os futuros líderes devem investir em programas internacionais, para conhecer novos formatos e expandir o horizonte, especialmente em regiões que estejam em desenvolvimento.

Para quem não tiver a oportunidade de sair do País, a recomendação de Kraljevic é procurar por instituições que ofereçam programas baseados em módulos internacionais.

Outro passo importante é garantir que o tema central das aulas esteja alinhado aos seus planos. “Não adianta simplesmente estudar algo que não vá agregar para a sua área de atuação. Investir em um curso só porque ele tem boas matérias não vai impactar os próximos passos da sua carreira”, analisa.

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