Como trocar de emprego em 2023: veja 7 dicas de especialistas

Seja na mesma carreira ou em uma nova, fazer um planejamento e se preparar é essencial para mudar de trabalho e obter êxito

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Foto do author Ludimila Honorato

Mudar de emprego ou carreira costuma estar entre as metas profissionais de começo de ano. Pesquisa feita em novembro pelo Empregos.com.br mostra que 88% das 110 pessoas que estavam empregadas desejavam essa transição em 2023.

De modo geral, a busca por melhores salários e equilíbrio entre vida pessoal e profissional é o que motiva os trabalhadores. No grupo analisado, 65,5% dizem não estar felizes com a ocupação atual. Mas, para realizar o sonho da mudança, autoconhecimento e planejamento são essenciais.

Tábata Silva, gerente da plataforma Empregos.com.br, indica fazer uma autoanálise sobre a carreira para planejar a mudança Foto: Autorretrato

“É importante saber para onde você quer ir”, comenta Tábata Silva, gerente da plataforma. A orientação vale tanto para quem está desempregado e busca uma nova oportunidade quanto para os empregados que querem uma transição. “É o primeiro passo, o mais difícil e o mais importante.”

O que considerar na hora de mudar de emprego?

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Na hora de escolher a vaga, a gerente diz que é preciso compreender se a questão salarial se sobrepõe a outros pontos que podem ser negativos, como jornada de trabalho extensa, ambiente ruim e má integração do grupo.

“Para quem está desempregado, a urgência é maior, porque a pessoa está precisando de renda. Nesse caso, o principal é explorar o que ela tem de habilidade e experiência para transmitir no currículo e na entrevista, para falar de habilidades que já domina”, diz a especialista.

Vale a pena pesquisar sobre a empresa e, se possível, conversar com funcionários ou ex-funcionários para entender a dinâmica do local. Cultura organizacional, benefícios e possibilidade de crescer profissionalmente são outros pontos a serem considerados a fim de identificar se estão alinhados com o que você deseja para a carreira.

Boa perspectiva

A 22ª edição do Índice de Confiança Robert Half apontou que 22% das empresas tinham intenção mais alta de contratar nos primeiros meses deste ano do que no último trimestre de 2022. Também, 18% dos executivos disseram ser mais provável recrutar profissionais temporários em 2023.

Por outro lado, o nível de confiança dos profissionais qualificados em relação ao mercado de trabalho e à economia para os próximos seis meses caiu. Passou de 48,6 pontos em dezembro de 2021 para 44,8 pontos em dezembro de 2022. A transição de governo e as consequentes decisões econômicas são o principal motivo de preocupação.

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Contudo, se depender do volume de vagas anunciadas, o cenário parece mais promissor. No Empregos.com.br, houve um crescimento de 10% nas oportunidades entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022. Para este mês, um estudo de projeção estima um aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado.

“A gente percebe que há uma retomada da confiança das empresas, com oferta maior de oportunidades de emprego e perspectiva positiva de retomada econômica”, diz Tábata.

Dicas para mudar de emprego em 2023

Além de entender qual caminho quer seguir, o profissional deve se preparar para quando as oportunidades surgirem. Dominar habilidades técnicas e comportamentais, montar um bom currículo, saber outro idioma e ter espírito de aprendiz estão entre as dicas de especialistas para iniciar uma nova trajetória profissional. Confira abaixo:

Faça uma autoanálise

Entenda se você tem as habilidades necessárias para o seu objetivo profissional. Tábata indica investir em cursos, participar de eventos, entender as tendências do mercado e aprimorar as habilidades. Segundo pesquisa da Empregos.com.br, 77% dos 517 profissionais, empregados e desempregados, planejam fazer um curso profissionalizante este ano.

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Prepare seu currículo

Um mesmo currículo pode não funcionar para vagas diferentes. O ideal é adaptar o documento para cada oportunidade que você vai se candidatar (veja dicas aqui). Nesse caso, William Monteath, CEO e cofundador da Fox Human Capital, indica ter um “arquivo master” para ajudar com as personalizações.

“Mantenha uma lista principal das informações que você pode ou não adicionar no currículo, dependendo da posição. Essa lista deve conter empresas, experiências, realizações, projetos e atividades”, explica. Além disso, ele recomenda destacar as experiências mais relevantes para cada vaga, mesmo que seja preciso deixar alguma de fora.

Busque emprego nos dias certos

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Se você precisa separar um tempo para buscar vagas de emprego, foque no começo da semana. Embora não seja uma regra, as empresas costumam anunciar as oportunidades na internet no início da semana útil, sendo segunda e terça os dias mais movimentados. Da mesma forma, as pessoas tendem a pesquisar por termos como “emprego”, “trabalho” e “vagas” nos mesmos dias (veja detalhes aqui).

Tenha disposição para aprender

Nem sempre o candidato vai ter todas as habilidades requisitadas. Assim, Tábata fala da importância de, na hora da entrevista, deixar claro seu objetivo, o que você tem de conhecimento e o que está disposto a aprender, tanto em questões técnicas quanto comportamentais (soft skills).

Invista num novo idioma

Algumas empresas deixaram de exigir o inglês como pré-requisito, mas existem áreas e companhias em que o idioma é fundamental ou, ao menos, um diferencial para a vaga. Segundo Julia Paco, gerente-geral do Cambly no Brasil, a habilidade melhora a oportunidade de salário.

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“Profissionais que dominam o inglês conseguem ter acesso às vagas com remuneração até 70% mais alta do que profissionais que não têm inglês fluente. Se ter uma compensação salarial maior estiver como parte do seu objetivo, então é melhor garantir a fluência na língua inglesa”, comenta.

Ela menciona outras vantagens, como se destacar diante da alta competitividade, aumentar a possibilidade de fazer viagens profissionais para o exterior, maior chance de contratações por multinacionais e ampliação do networking.

Use a tecnologia a seu favor

Cadastre seu currículo em plataformas online, nos sites das empresas e use redes sociais corporativas como o LinkedIn. “O profissional deve manter sempre atualizadas suas informações, especialmente os contatos, e-mail e telefone”, alerta Larissa Gonçalves, gerente de recrutamento e seleção da consultoria de RH Luandre. Clique aqui e saiba como deixar seu perfil no LinkedIn atrativo para os recrutadores.

Networking: invista no offline

Sites e redes sociais ajudam, mas também é importante construir, manter e incrementar uma boa rede de relacionamento, o famoso networking. Por meio dela, você pode pedir conselhos, saber o clima do mercado e conseguir uma colocação de forma mais rápida. “Muitas vezes, um conhecido pode saber de alguma oportunidade que a empresa não tornou pública e fazer a indicação”, diz Larissa.

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