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Depois da Bahia, ArtCoco quer conquistar o Brasil

Marca baiana de joias e semijoias planeja sua expansão rumo a outros Estados

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João José Azevedo. Foto: Paula Souza / ArtCoco

Mateus Apud* Vindo de uma família humilde da cidade baiana de Rio do Pires (BA), João José Azevedo não quis seguir o destino de seus irmãos, que trabalhavam como serventes de pedreiro e, aos 16 anos, em 1978, decidiu se tornar artesão, produzindo e vendendo bijuterias. Assumiu, então, um estilo de vida que então era considerado hippie, indo comercializar seu produtos na praia, em Ilhéus.

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"Costumo dizer que é um dom, nasci para fazer isso. Quando notei o interesse dos turistas (pelas peças que produzia), resolvi intensificar a minha habilidade e fazer dela uma verdadeira fonte de renda", conta Azevedo, que é conhecido como Coco.

Com o sucesso de vendas, Coco mudou-se de vez para Ilhéus e abriu seu primeiro negócio - um quiosque no mercado de artesanato da cidade concedido por um programa do governo. Assim, nasceu a ArtCoco.

"No início, usei o dinheiro que tinha na carteira, dado pelos meus pais. Desta forma, consegui comprar o primeiro pacotinho de miçanga. Com as vendas das bijuterias, comprava a matéria-prima para continuar a produção", conta.

Depois de dez anos, com a consolidação do negócio proporcionado pelo sucesso de vendas, Coco resolveu expandir as atividades e abriu mais duas lojas próprias e começou a investir em joias e semijoias.

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Segundo Coco, característica suas como perseverança e alegria ajudaram no crescimento da marca. "Normalmente, quem cria algo de longo prazo é uma pessoa assim", diz.

Além disso, ele também ressalta que qualidade, o preço de suas peças e o atendimento ao cliente também impulsionaram o negócio.

"Sempre optei por oferecer peças com qualidade aos meus clientes, porque cliente bom é aquele que volta pela segunda vez. E também prezo pelo bom atendimento: todos os colaboradores são treinados para deixar o cliente à vontade na hora da compra."

Franquias

Com o intuito de crescer mais ainda, há três anos, a empresa ingressou no segmento do franchising e, além das três unidade próprias, já licenciou nove unidades - todas na Bahia nas cidades de Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas, Barreiras, Luiz Eduardo Magalhães, Guanambi, Itabuna, Nova Viçosa, Porto Seguro e Eunápolis.

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Esse modelo de atividade teve início com a entrada de seu filho, na empresa, João Leno, que assumiu o comando dos negócios, e dos sócios Alex Andrade e Lucas Carvalho. Cada novo sócio tem 25% da sociedade franqueadora, os 50% restantes pertencem ao próprio empreendedor e ao filho.

As franquias oferecidas pela empresa contam com investimento inicial de R$ 140 mil, incluindo o valor de taxa de franquia e capital de giro, e seguem o modelo padrão das lojas da empresa de 30m². O lucro pode chegar a 30% do faturamento e tem retorno do valor investido de 18 a 24 meses.

A companhia também atua no comércio online com a loja virtual da ArtCoco, que entrega os produtos em todos os Estados. Atualmente, as vendas online representam 40% do faturamento de uma loja física.

Expansão

Hoje, a ArtCoco, que possui 64 funcionários, busca expansão em todo o Brasil. "Neste momento, temos interesse em ingressar fisicamente em todas as regiões brasileiras", afirma Coco.

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Para este ano, a meta da empresa é abrir mais cinco lojas e, em 2019, chegar a 20. Com faturamento de R$ 10 milhões em 2017, a marca planeja crescer 10% neste ano.

Coco diz que, com o crescimento da demanda, a produção artesanal deixou de ser suficiente e a empresa optou pela terceirização dos produtos. Mas, mesmo assim, a marca ainda é responsável por 50% do processo de produção.

Atualmente, a ArtCoco tem em seu portfólio cerca de 3.000 produtos, que variam desde peças mais simples, como anéis e brincos de prata, até colares e pulseiras folheadas a ouro 18 quilates.

*ESTAGIÁRIO SOB ORIENTAÇÃO DO EDITOR DE SUPLEMENTOS, DANIEL FERNANDES.

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