TÓQUIO - A fabricante de veículos japonesa Daihatsu Motor, subsidiária da Toyota, anunciou nesta segunda-feira, 25, que vai manter a sua produção paralisada pelo menos até ao final de janeiro, após de terem sido detectadas irregularidades nos dados de segurança ou de emissões de muitos dos seus modelos.
A suspensão da produção e das vendas da fabricante dentro e fora do Japão foi notificada no dia 20 de dezembro, quando a empresa tornou público resultados de uma investigação externa sobre esses problemas.
As irregularidades afetam 64 modelos Daihatsu e três motores de veículos, incluindo 22 modelos e um motor comercializado com a marca Toyota. Como resultado, a sede do fabricante japonesa e algumas de suas fábricas foram inspecionadas pelo ministério dos transportes do Japão.
No momento, não se sabe quando a empresa poderá retomar a produção doméstica ou a distribuição fora do Japão, embora a Daihatsu tenha voltado a vender na Indonésia e na Malásia, após receber a aprovação das autoridades locais.
Efeito dominó
A suspensão da produção nacional afetará cerca de 8 mil empresas que atuam direta ou indiretamente como fornecedoras da Daihatsu, segundo a mídia japonesa. A Daihatsu, subsidiária integral da Toyota, é uma das maiores fabricantes de veículos minileves, modelos que são amplamente populares no Japão e nos países do sudeste asiático. Esse tipo de modelo tem papel fundamental na estratégia de expansão de vendas da Toyota no continente asiático.
No ano fiscal de 2022, que foi de abril de 2022 até março de 2023, a Daihatsu produziu 1,7 milhão de veículos globalmente, metade deles fabricados no Japão. A Daihatsu detém cerca de 30% do mercado de modelos de miniveículos. Isso a torna líder do setor, seguida pela concorrente Suzuki Motor, segundo dados do jornal japonês Nikkei./ EFE
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