As empresas e as autoridades de Canadá, México e China se prepararam para receber no sábado, 1°, as tarifas prometidas por Donald Trump, após dias de tentativas de persuadir o presidente americano a não avançar com elas.
De Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida, Trump assinou três ordens executivas que impõem tarifas de 25% sobre todos os produtos do Canadá e do México, com uma tarifa um pouco menor de 10% sobre as exportações de petróleo canadenses. Ele também impôs uma taxa de 10% sobre os produtos chineses. As medidas entrarão em vigor na terça-feira, 4.
O governo canadense chegou a ser avisado pelas autoridades americanas, antes da divulgação da assinatura das ordens, que as tarifas entrariam em vigor a partir de terça.
A falta de clareza nos últimos dias em relação ao que, exatamente, Trump planejava impor criou ainda mais incertezas para as empresas globais.

Em entrevista a repórteres no Salão Oval, na sexta-feira, Trump havia dito que imporia as tarifas como punição pelo fato de o Canadá, o México e a China permitirem a entrada de drogas e imigrantes nos Estados Unidos. Ele insistiu que as tarifas não alimentariam a inflação e sugeriu que as levaria adiante independentemente de quaisquer concessões de última hora das outras nações.
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Os especialistas acreditam que as tarifas poderiam ter impactos amplos nas economias dos EUA, Canadá e México, aumentando os preços para os consumidores e afetando os empregos, embora não houvesse dúvidas de que a dor seria mais sentida nas economias menores do Canadá e do México.
Nas últimas semanas, as autoridades mexicanas e canadenses realizaram grandes esforços para evitar as tarifas: o Canadá reforçou sua fronteira com mais funcionários, drones e helicópteros Blackhawk, e as autoridades canadenses têm percorrido os Estados Unidos tentando fazer lobby com os principais republicanos contra as tarifas. O México tem ajudado em aspectos da repressão à imigração de Trump, acolhendo milhares de migrantes deportados.
Mas as autoridades de ambos os países também estão trabalhando em planos de retaliação, preparando-se para o que pode rapidamente se tornar uma guerra comercial na América do Norte.
Os mercados de ações dos EUA fecharam em baixa na sexta-feira em meio à ansiedade dos investidores sobre as consequências das tarifas.
Os grupos de lobby de setores como o varejo e a agricultura, que poderiam estar entre os mais atingidos pela retaliação dos parceiros comerciais dos Estados Unidos, estavam em busca de informações sobre os impostos, mas permaneceram no escuro.
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Trump disse que as novas tarifas se somariam às já existentes sobre produtos do Canadá, México e China, embora as importações de petróleo pudessem enfrentar uma tarifa menor, de 10%.
Neste sábado, os democratas estavam prontos para apontar as tarifas como um dos primeiros exemplos da má administração da economia por parte de Trump, argumentando que ele já estava tomando medidas que aumentariam os preços para os consumidores. Uma nova análise do Budget Lab de Yale estimou que as tarifas propostas poderiam aumentar os custos anuais das famílias em cerca de US$ 1.300 (cerca de R$ 7.578).
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